Um 2016 inesquecível para a Canoagem Brasileira


Muitos brasileiros pensam em 2016 como um ano para ser esquecido, entretanto para Erlon de Souza o ano tem um local especial no seu coração.

Isaquias Queiroz e Erlon de Souza

Afinal, no dia 21 de agosto, ele conquistou uma medalha de prata na canoagem ao lado do companheiro Isaquias Queiroz. “2016 foi o melhor ano de desempenho, de realizações. Ir aos jogos olímpicos já foi um sonho. Conquistar este título inédito já passou dos limites da minha perspectiva. Foi um ano maravilhoso. Se eu falar que foi 100% de aproveitamento foi pouco”, conta o remador.

As competições olímpicas foram um ponto de virada não só na carreira de Erlon como na canoagem Brasileira. “Depois dos jogos a gente viu que a canoagem ganhou uma visibilidade muito grande. A gente ganhou muitos amigos, pessoas que nos acompanham nas redes sociais. A torcida nos abraçou e ficamos um pouco impressionados com a quantidade de gente nos apoiando na competição”.

Erlon é nascido no interior da Bahia e trabalhava como “tirador de areia” no rio das Contas em Ubatã. Ele começou a remar com uma vara que tinha 4 metros e uma pá na ponta. Conheceu a canoagem através de um projeto social onde foi levado por amigos em 2005.

Para o medalhista a maior dificuldade do esporte é superar os seus próprios limites. “A principal dificuldade é o treinamento, ir se superando a cada dia. Porque quando a gente pensa que chegou no limite, que já está bom, a gente sempre tem que melhorar mais um pouco. Vamos sempre ultrapassando os limites do nosso corpo e sempre querendo um pouco mais”, diz.

Depois de conquistar a prata nas Olimpíadas, a meta para 2017 também é alta. Em agosto, Eron participa do mundial de canoagem, competição que lhe rendeu o ouro em 2015 junto de Isaquias. “Na verdade a gente já está vivendo o ano de 2017, já estamos em um novo ciclo. As principais competições são a copa do mundo e o mundial de canoagem. Nossas perspectivas são as melhores porque a gente sabe que tem condições de medalhas”, garante.

Por Patrícia Serrão e Gésio Passos, da EBC