Brasil busca resultados expressivos em competição que reúne os melhores atletas do mundo na modalidade Canoagem Descida.
Copa do Mundo em rio da Bósnia & Herzegovina
Começou nesta semana, no rio Vrbas, na cidade de Banja Luka na Bósnia & Herzegovina, o Campeonato Mundial de Canoagem Descida. Esse é a primeira competição da modalidade no ano, mas isso não desanima os atletas brasileiros, que estão prontos para enfrentar o difícil Rio Vrbas e os atletas da elite do esporte que comparecem ao evento.
A equipe brasileira da modalidade vem se preparando para o Mundial desde o começo do ano, como explica Rafael Girotto, atleta da modalidade e chefe de equipe em Banja Luka “Fizemos uma pré-temporada em fevereiro e março, a partir de abril os atletas convocados tiveram um treinamento focado exclusivamente no Mundial”.
Com um histórico modesto no cenário mundial a Canoagem Descida brasileira está passando por uma reformulação nos últimos anos, renovando a modalidade e preparando os atletas para as difíceis competições internacionais. O Campeonato em Banja Luka é o segundo Mundial consecutivo com a presença de uma equipe brasileira, que já demonstra uma evolução. No primeiro mundial o Brasil teve apenas um atleta completando a prova clássica (5 km de distância rio abaixo) e no Sprint (1 km rio abaixo) dois atletas completaram a prova, com Rafael Girotto fazendo a melhor parcial da prova na competição. Agora em 2016, na prova clássica, o Brasil já teve um resultado expressivo: Rafael foi o melhor brasileiro, conquistando a 53ª colocação num total de 72 participantes e todos os atletas brasileiros que participaram finalizaram a prova.
“Nós estamos trabalhando com essa reformulação e projetamos um objetivo para os próximos anos: colocar um atleta brasileiro entre os 50 primeiros colocados nos próximos Mundiais” explica Rafael Girotto. Ele comenta também que os 30 primeiros colocados tiveram um tempo bem abaixo do restante, mas do 30º em diante os tempos foram muito próximos, o que aproxima o Brasil deste objetivo. No sábado começam as provas de Sprint, categoria em que o Brasil é mais forte.
Dificuldades da modalidade e expectativas para o futuro
Copa do Mundo em rio da Bósnia & Herzegovina
Segundo Rafael existem diversos obstáculos para a Canoagem Descida no Brasil. A maior delas é o nível de dificuldade dos rios brasileiros, que não ultrapassam o nível III, quando rios europeus chegam a IV+. O próprio rio Vrbas pode atingir o nível V entre os meses de abril e maio. O maior grau de dificuldade é VI.
Além disso não é possível transportar as embarcações, que são muito grandes, para a Europa, obrigando os atletas a alugar ou comprar embarcações nos locais do campeonato. Como o atleta precisa estar familiarizado com a embarcação, esse fator pode ser um agravante nas dificuldades que o percurso e o nível dos competidores já oferecem aos atletas brasileiros. Outro fator importante é a dificuldade de conseguir patrocínios e recursos para participar de competições internacionais.
Mesmo com todas as dificuldades as expectativas para o futuro da modalidade são grandes, “Estamos animados com o futuro! A melhor forma de crescermos é trocar experiências, fazer intercâmbio esportivo e aprender com os melhores, treinando e competindo na Europa. Temos a ideia de levar eventos internacionais para o Brasil também, competições como Sul-americanos e Copas do Mundo, para poder fazer essa troca de experiências e informações. Atualmente estamos programando o Campeonato Brasileiro de Descida, que será um grande evento, já temos a confirmação da participação de sete estados, o oitavo está na iminência de confirmar. Temos, desde o ano passado, a disputa do Sprint, e em 2016 incluiremos as provas por equipe, algo que não tínhamos no Brasil. Agora seguimos o modelo de competições da FIC, com tudo isso a tendência da modalidade é crescer” conta Rafael.
O Campeonato Mundial de Canoagem Descida acontece até o dia 04/06 e tem a participação de 6 atletas brasileiros.
Site oficial do evento clique aqui e para Resultados clique aqui.
