Luis Carlos e Caio Ribeiro remam por medalha na Paracanoagem


Brasileiros garantiram presença nas finais que acontecem amanhã na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Caio Ribeiro

Caio Ribeiro no KL3

A Paracanoagem estreou hoje em Jogos Paralímpicos e logo no primeiro dia o Brasil conquistou duas vagas para as finais da modalidade que acontecem amanhã (15), na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Luis Carlos Cardoso no KL1 Masculino e Caio Ribeiro no KL3 Masculino tiveram um ótimo desempenho nas classificatórias de suas respectivas categorias e entram forte na disputa pelas medalhas da Paracanoagem nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Ambos mostraram a conhecida força da Paracanoagem Brasileira na Lagoa Rodrigo de Freitas ao garantirem o primeiro lugar das eliminatórias em suas respectivas categorias, assim classificando-se diretamente para as finais que acontecem amanhã.

Luis Carlos no KL1

Luis Carlos no KL1

No KL1 Masculino Luis Carlos garantiu o 1o lugar da eliminatória 2 e agora enfrenta os canoístas da Argentina, Polônia, Hungria, Grã-Bretanha, França, China e Austrália na final marcada para às 9h08 desta quinta-feira. Logo após a prova Luis disse estar muito focado, preparado para a final e otimista com um bom resultado amanhã para o Brasil. “Vim buscar uma medalha para nosso país”, disse.

Já no KL3 Caio Ribeiro também mostrou que o Brasil entrará forte na briga pelas medalhas da Paracanoagem. Com o 1o lugar na eliminatória 2 da sua categoria Caio garantiu presença direta na final, prova na qual enfrentará adversários da Nova Zelândia, França, Ucrânia, Alemanha, Romênia, Grã-Bretanha e Irlanda às 10h10 desta quinta-feira.

“Estou focado, concentrado e sei o que eu quero, então vou dar meu melhor”. Sobre a organização do evento Caio ressaltou o nível atingido pelo Rio 2016: “Todos fizeram um trabalho imenso, fantástico. E isso só vem a fortalecer o esporte aqui no Brasil. Medalha de ouro para todo mundo que fez isso acontecer”.

Demais brasileiros remaram forte, mas não passaram para as finais

A jovem de 20 anos, Debora Benevides, deu seu melhor hoje no Rio 2016, mas depois da 5a colocação na eliminatória 2 e mesma colocação na semifinal do KL2 Feminino despediu-se dos Jogos. Na semifinal da categoria, com o tempo de 1:04.697, a brasileira viu as atletas do Canadá, Hungria, Israel e Estados Unidos passarem para a final.

“A canoagem é uma família para mim e ainda sou muito nova. Agora meu objetivo é corrigir os erros que cometi e tentar melhorar mais para em 2020 conquistar uma melhor colocação”, analisou.

Coincidentemente com as mesmas colocações de Debora, contudo em sua categoria (KL2 Masculino), Igor Tofalini também se despediu dos Jogos no Rio de Janeiro. Com a 5ª colocação na eliminatória 2 e semifinal o brasileiro esteve perto de passar de fase ao marcar o tempo de 49.870. Na semifinal passaram os canoístas da Itália, Eslovênia, Hungria e Alemanha.

Para Igor participar dos Jogos Paralímpicos já uma grande conquista. “Essa foi a maior prova da minha vida e tudo que aprendi com meus companheiros eu tentei executar da melhor forma possível. Estou feliz também de estar representando o atleta que garantiu a vaga para eu estar aqui (Fernando Rufino). Fico feliz e sei que será um amigo que levarei para o resto da minha vida”, disse

Para Fernando Rufino, que não pode competir devido a um problema de saúde, dar suporte aos atletas é fundamental para a conquista de todos juntos. “É até difícil falar nesse momento. Eu remei junto com o Igor nessa prova e torço por ele como torço por todos nós. Ele me deixou feliz hoje por sua vontade e dedicação. Estou muito emocionado e aproveitando o máximo. Quero agradecer a Confederação Brasileira de Canoagem e ao Comitê Paralímpico Brasileiro por essa oportunidade”, disse ‘Cowboy’.

Na última prova do dia com presença brasileira Mari Christina Santilli também não conseguiu passar para a final ao chegar na 6a colocação (57.357) da semifinal do KL3 Feminino, prova onde as atletas da Romênia, Suécia, Canadá e Estados Unidos passaram de fase. Em sua eliminatória Mari havia chego em 5o lugar.

“Cometi um erro na largada e ali perdi um pouco de tempo, mas o restante da prova fiz o que havia treinado. Foi uma prova dura, pegada. Afinal, aqui estão os melhores”, disse.

Para o chefe de equipe e supervisor da modalidade na Confederação Brasileira de Canoagem, Leonardo Maiola, os resultados de hoje foram positivos e dentro da expectativa planejada para os Jogos. “Sabíamos que seriam provas fortes, pois estão aqui os melhores do mundo. Agora continuamos na torcida para que nossos dois atletas que passaram para as finais conquistem medalhas para o Brasil”, analisou.

Os resultados inéditos no Rio 2016 premiam o trabalho de desenvolvimento da Canoagem Brasileira, que nos últimos anos contou com apoio significativo do BNDES – patrocinador oficial, GE, Ministério do Esporte e Comitê Paralímpico Brasileiro.