Canoístas brasileiros buscam mais vagas para o Rio 2016 em Mundial de Paracanoagem


Provas realizadas na Alemanha serão classificatórias para os Jogos Rio 2016 e última chance para garantir o passaporte para o Rio de Janeiro

Mundial de ParacanoagemNesta semana, os atletas da Seleção Brasileira de Paracanoagem embarcaram rumo à Alemanha para disputar o Campeonato Mundial de Paracanoagem 2016. As provas realizadas em Duisburgo, entre os dias 17 e 19 de maio, serão classificatórias para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 e definirão os nomes que representarão o Brasil no maior evento esportivo do planeta.

Em ano de estreia em Jogos Paralímpicos, o cenário da Paracanoagem Brasileira está movimentado. Na categoria KL1, a disputa está acirrada entre dois fortes atletas brasileiros. Fernando Fernandes e Luis Carlos Cardoso decidirão na água quem representará o Brasil na categoria onde o Brasil tem grande expectativas da conquista de medalha paralímpica. Em 2015, Cardoso conquistou a vaga para o país. A alagoana Silvana Ferreira compete nas provas femininas.

De acordo com Leonardo Maiola, supervisor do Comitê de Paracanoagem da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), os resultados da prova pesarão na avaliação dos integrantes que definirão os nomes dos atletas que competirão pelo Brasil a partir do dia 7 de setembro. “Os Jogos já começaram para a Canoagem Brasileira. Tivemos a preocupação de realizar um trabalho contínuo que nos permitisse apresentar para a torcida brasileira um time de alto rendimento com grandes chances de medalha. A Alemanha é o último passo deste ciclo pré-Jogos e esperamos, além de definir os nomes que nos representarão, também voltar com medalhas de uma competição mundial”, comentou.

Na KL2, Igor Tofalini e Debora Benevides serão os representantes. Já na KL3 Masculino, Caio Ribeiro e Vander Lima têm um desafio maior pela frente, bater o romeno Julian Serban e o alemão Tom Kierey. “Vamos buscar atingir os objetivos traçados nos nossos treinos. Remando com garra, o resultado com certeza virá”, explicou Lima.

Otimista com o desafio que tem pela frente, Mari Santilli tem grandes expectativas em relação ao mundial deste ano. “Estou confiante e me sinto preparada. Tenho treinado com uma equipe muito competente ao longo de sete meses. Meu time acredita em mim e quero poder retribuir em forma de medalha e vou lutar por isso”, comentou Mari, que pretende ficar com o posto da KL3 Feminino por meio de vitória. O Brasil, como país sede, já tem esta vaga garantida para os Jogos e resta definir a representante. A colega de equipe, Aline Lopes, compete na VL3 e KL3.

Maior torcedor da equipe, o técnico Thiago Pupo está confiante que bons resultados virão. “Todos os atletas têm condições de se classificarem e isso é reflexo de um planejamento voltado para os Jogos Rio 2016. Focamos em grande velocidade e menor tempo e pretendemos colher os frutos deste trabalho neste mundial”, encerrou Pupo.

Fernando Rufino não participa do Mundial

Mundial de ParacanoagemEm 2015, no Mundial de Milão (ITA), o paracanoísta Fernando “Cowboy” Rufino garantiu a vaga brasileira da categoria KL2 para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 e pretendia disputar na Alemanha o posto de representante do país. No entanto, Rufino não participará das provas em Duisburgo após as equipes médica e técnica do Centro de Treinamento de Paracanoagem, em São Paulo, constatarem uma elevação da pressão arterial do atleta. Os profissionais que acompanham o processo estão otimistas e avaliam como positivo o estado atual de Cowboy.

“O Fernando está no meio de um período de destreinamento preventivo que busca manter a pressão sobre controle e evitar uma sobrecarga no coração. Nós estamos com resultados favoráveis e ele tem conseguido manter um excelente estado de condicionamento físico. A nossa esperança é que ao fim deste processo ele esteja apto para representar o país sem riscos à saúde”, explicou Anahy Wilde dos Santos, médica do CT de Paracanoagem.

Engana-se quem pensa que isso coloca o atleta em desvantagem. O afastamento das competições tem permito a Rufino aprimorar as técnicas aplicadas na água. É o que explica Thiago Pupo, técnico da Seleção Brasileira de Paracanoagem. “Nós temos realizado treinamentos específicos para o Cowboy e isso possibilita que a gente aprimore o desempenho dele, além de conseguirmos melhor desenvolvimento da musculatura do condicionamento físico em geral. Estamos usando este período a nosso favor”, comentou.

Apesar do afastamento, Fernando Rufino ainda tem chances de disputar os Jogos Paralímpicos. “Dentro do nosso plano de trabalho e dos regulamentos da Confederação há outras alternativas que permitem que o atleta tenha a chance de se mostrar capaz de representar o país em competições de grande porte. O Cowboy tem um histórico de vitórias que pesa a seu favor e isso também conta pontos em um momento de seleção. Como o caso dele é específico, precisamos aguardar o período de destreinamento e avaliar os resultados obtidos ao longo deste processo”, explicou Leonardo Maiola, supervisor do Comitê de Paracanoagem da CBCa.

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