O leme sem fio ajudará pessoas lesionadas nos membros inferiores a controlar embarcação de canoagem.
Projeto piloto desenvolvido pelos graduandos da Universidade Santa Cecília em Santos, litoral de São Paulo, foi realizado pelos alunos Paulo Henrique Gomes Vellozo, Rodrigo Diegues Galhego e Walter Lobue dos Santos, alunos do curso de Engenharia Eletrônica e Gabriel Custódio Correia, Edvan Lima da Silva, Oliver Waeny Dammann e Paulo Bruno Peres Vaz do curso de Mecânica.
Trata-se de um sistema que adapta os pedais dos caiaques de alta performance (surfski) para que movimentem o leme acionando-os com as mãos por meio de um transmissor acoplado no remo, dessa forma não se utilizam os pés para movimentar o leme, como é de costume nos barcos oceânicos. A automação será alimentado por uma bateria de lithium com uma autonomia de cerca de 900 mA/h.
Com esse sistema o caiaque se adapta para que pessoas com graves lesões, com deficiência ou que não possuem os membros inferiores, possam controla-lo de forma segura e simples.
Para viabilizar essa atividade foi desenvolvido um mecanismo especial que utiliza um sistema de transmissão via wifi para efetuar as manobras no caiaque, auxiliando a incluir pessoas com este tipo de lesão no esporte e na sociedade.
Além de promover uma melhor qualidade de vida, sobretudo na área da saúde, destinando lazer, autoestima, interação com a natureza, proporcionando condições para que se pratique esporte, dando uma ferramenta para que inclusive possa realizar competições. Desde os primórdios até a visão globalizada moderna é fundamental e de suma importância integrar as pessoas lesionadas à coletividade.
O sistema, que está em fase de testes na prática, ajudou o grupo a concluir que precisam trabalhar em pequenas melhorias e modificar algumas partes para alcançar a excelência.
O barco de teste está na Unisanta, e o grupo conta com o apoio dos professores. Além da ajuda da fabrica de caiaques e canoas Evolution Canoe, de Santos, bem como do entusiasta Celso Filetti.
Recentemente o grupo recebeu um prêmio no Concurso Neorama 2016 no quesito Projetos de Inovação tecnológica da Engenharia.
