Relato de Jefferson Sestaro, condutor da tocha olímpica em Santos


Nesse relato, procuro descrever um pouco minha angústia de ser indicado até se tornar condutor da tocha olímpica.

13835918_10204817154468658_1142050855_oEm dezembro de 2015 inscrevi minha história esportiva, incentivado pela minha esposa Michelle Graziani, através do site www.quemseatreve.com.br da Nissan.

Recebi um email de confirmação de que minha história havia sido selecionada para ser indicado a conduzir a Tocha Olímpica mas ainda não era a confirmação final, era apenas uma indicação.

Após muita expectativa, em março de 2016 recebi email do Comitê Olímpico confirmando que eu era um Condutor Oficial da Tocha Olímpica! Comemorei, divulguei nas minhas redes sociais, minha família fez festa, mas ainda havia um receio.

Alguns nomes foram divulgados no site da Nissan – Quem Se Ateve em abril e infelizmente meu nome não constava nessa lista. Tentei abstrair a ansiedade em saber se teria sido escolhido ou não, pois recebi por email a confirmação mas meu nome não aparecia no site. Não foi fácil!

Dias depois, meu nome apareceu na listagem do site e a ficha começou a cair. Para ser sincero, a ficha só caiu mesmo quando segurei a Tocha em minhas mãos, antes de subir no ônibus que iria me deixar no meu ponto do revezamento.

Após sair do ônibus, as primeiras pessoas que vi na minha frente foram minha esposa Michelle, meu filho Vincenzo e minha filha Maria Catharina. Dei um beijo em cada um como um sinal de agradecimento, por estarem sempre me apoiando, e após isso foi algo insano, que nunca havia sentido.

Todos que estavam no meu ponto de revezamento me cercaram e começaram a tirar fotos comigo, com a Tocha e era uma energia absurda que rondava meu ponto. Quando menos esperava, um caminhão da Nissan chegou com um telão enorme escrito meu nome e o animador anunciava para todos “Esse é o Jefferson Sestaro, Nosso Condutor de Santos!”.

Foi surreal, uma sensação única!

O coração palpitava a mil, quando de longe avistei a Chama Olímpica se aproximando. Me posicionei e após o beijo da Tocha, eu estava responsável pela Chama Olímpica, que viajou milhares de quilômetros desde a Grécia, até estar ali, sob minha responsabilidade. Foram os 200 metros mais extensos da minha vida.

Não havia barulho, não havia cheiro, não havia nada! Somente sabia que deveria seguir adiante, procurando mostrar o fogo para todos que ali estavam, pois ele era o ator principal e eu, o ator coadjuvante que se atreveu a seguir adiante, cumprindo meu papel, entregando a chama para o próximo condutor.

Agradeço a Nissan por essa oportunidade única na minha vida e também na dos meus familiares, e principalmente por ter colocado a cereja no meu bolo, me presenteando com a Tocha que conduzi.

Foi incrível!