Canoagem Brasileira estreia nos Jogos Olímpicos Rio 2016


Cinco canoístas brasileiros remam em cinco dias de competições em busca da inédita e sonhada medalha olímpica

Canoagem Brasileira estreia nos Jogos Olímpicos Rio 2016

Canoagem Brasileira estreia nos Jogos Olímpicos Rio 2016

O próximo domingo (7) será um dia inesquecível para os cinco canoístas brasileiros que estreiam nas disputas da Canoagem Slalom nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ana Sátila, Pedro Henrique Gonçalves, Felipe Borges, Charles Corrêa e Anderson Oliveira serão os primeiros atletas da Canoagem Brasileira em busca da sonhada medalha olímpica. As provas da modalidade acontecem de 7 a 11 de agosto, no Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro.

O primeiro barco brasileiro que entrará na briga olímpica será o de Felipe Borges pelo C1 Masculino, com início das provas marcadas para às 12h30. Para Felipe esse momento é único: “estamos vivendo em um outro mundo, estou com muita expectativa para a minha prova”, comenta o canoísta oriundo do Instituto Meninos do Lago de Foz do Iguaçu (PR), projeto esportivo modelo de desenvolvimento da Canoagem Brasileira.

No mesmo dia Pedro Henrique Gonçalves, natural de Piraju (SP), vai para a água nas disputas do K1 Masculino. ‘Pepe’ garante que a maior emoção vai ser o grito da torcida na hora da prova. “Vamos ter uma torcida nos ajudando. Meus familiares estarão presentes, amigos e muita gente acompanhando pela televisão. Vai ser emocionante”, revela. As competições nessa categoria iniciam às 13h28.

Demais dias de competição

Os conterrâneos de Pepe, Charles Corrêa e Anderson Oliveira, disputarão o C2 Masculino. Para Corrêa remar desde 2006 e hoje estar participando do maior evento esportivo do planeta é uma vitória. “Tento evitar a euforia e pensar que estou participando de uma competição como outras. Procuro deixar para analisar esse momento depois das provas”, fala o competidor que forma dupla com Oliveira desde 2012. As provas do C2 Masculino iniciam na segunda-feira (08) às 12h30.

Ana Sátila começa a competir no K1 Feminino na segunda-feira às 13h10. A atleta atualmente é a 4a melhor do ranking internacional na categoria e diz que está muito mais madura do que há quatro anos, quando participou dos Jogos Olímpicos Londres 2012 como a caçula da delegação brasileira. “Na época fiquei em 16o lugar, mas hoje entro na competição muito melhor. A responsabilidade aumenta principalmente por já ter experiência olímpica, mas irei fazer o meu melhor na água”, comenta a canoísta natural de Iturama (MG) e que se iniciou a carreira esportiva em Primavera do Leste (MT).

Para Ettore Ivaldi, treinador da equipe brasileira, todos os cinco atletas estão muito bem. “Acho que todos podem pensar em chegar na final, esse é o nosso grande objetivo”. Segundo ele a equipe é jovem, mas promissora. E deve pensar além do Rio 2016, planejando outros ciclos olímpicos, principalmente pelo legado que a Canoagem Slalom terá daqui para a frente com dois canais artificiais (Canal Rio em Deodoro e o Canal Itaipu em Foz do Iguaçu) localizados no país.

Na mesma linha Argos Gonçalves Dias Rodrigues, chefe de equipe, comenta que o Brasil chega com condições que nunca teve na modalidade. “Antes entrávamos como meros coadjuvantes, hoje já estamos de igual para igual”, comenta.

Para o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner, o crescimento da Canoagem Brasileira e o momento atual demonstram o quanto o esporte evoluiu nos últimos anos. “Chegamos aqui no Rio com a maior delegação da história do nosso esporte e com reais condições de conquistarmos a sonhada medalha olímpica na Canoagem Brasileira”, disse.

As competições de Canoagem Slalom acontecerão no Complexo Esportivo de Deodoro e são esperados mais de oito mil espectadores em todos os dias de provas.