Márcio Bortolusso fala sobre a 6 Hard Xpeditions


“Uma das maiores e mais extremas expedições multiesportivas já realizadas”, por Márcio Bortolusso e Fernanda Lupo.

Foram seis anos de logística minuciosa dedicados a um improvável objetivo e apesar de jornalistas, atletas, empresários e diretores de marketing considerarem hoje que foi “uma das maiores e mais extremas expedições multiesportivas já realizadas”, durante os doze meses de captação de parceiros e recursos lamentavelmente fomos vistos como “loucos” por muitos e poucos acreditaram que seríamos capazes de realizar um sonho tão grandioso e arriscado (“impossível” afirmaram uns). Algo em parte compreensível, porém injusto diante do quanto investimos diariamente em conhecimento e nos preparamos a cada projeto. Mas um pouco da desconfiança inicial teve algumas razões.

A nossa maior força motriz é a incerteza. Não saber se somos capazes de alcançar um cume, se conseguiremos cruzar as águas violentas de um cânion ou se voltaremos para casa é o que realmente faz o nosso sangue vibrar e nos inspira. Sob esta ótica o projeto 6 Hard Xpeditions foi planejado para ser uma jornada científica-exploratória verdadeiramente inédita e extremista com formato inovador no cenário mundial, seguindo na contramão do “mercado Outdoor” e evitando clichês midiáticos destinados ao grande público – respeitamos os amigos fãs dos populares Everest, Sete Cumes, Canal da Mancha e mergulho com tubarões, mas sinceramente “para nós”, apesar das recompensas financeiras e do status, tais temas não nos motivam a nos desafiarmos e não trazem a felicidade que buscamos. E sem a chance do fracasso tudo perde sentido – (Que fique claro, são apenas escolhas pessoais. Não há aventura melhor ou pior, o que importa é a satisfação de cada ser, embora é fato que existem diferenças entre tipos e tamanhos de sonhos e uma infinidade de formas de torná-los realidade – alguns ao sabor de correntes mais estáveis, seguras, acessíveis, frequentadas e comercialmente vantajosas e outros lutando pela sobrevivência por entre corredeiras um tanto mais incertas, perigosas, remotas, solitárias e que podem custar um preço tão alto e cruel que para a maioria não valem a pena. Mas ao final, o que conta é a felicidade de cada um!).

Resumindo a metodologia das nossas expedições, atentos à princípios de Ética e Mínimo Impacto optamos por: autossuficiência (boicotando animais de carga; dispensando as facilidades e a segurança de equipes de apoio, carregadores, guias ou produtores; sem ajudantes para armar barracas, cozinhar, prover água, carregar baterias ou nos fornecer mantimentos extras; etc.); minimalismo (fieis ao lema “é melhor faltar do que sobrar”, às vezes sem equipos reservas como remos, escalando ou rapelando com cordas mais finas e ancoragens alternativas, etc.); rotas inexploradas (algumas consideradas impossíveis por experientes mateiros e caçadores, outras por temidas rotas de tráfico de drogas e armas, etc.); tração humana durante as etapas (cortando até velas em navegações de forte vento); entre outras escolhas que quase nos fizeram sucumbir diante do nosso maior sonho.

Outro diferencial é que normalmente expedições não são realizadas em sequência. Ao retornarem de uma grande empreitada aventureiros ao redor do mundo necessitam de meses ou até anos até partirem para uma nova expedição, devido à inúmeros e milimétricos fatores logísticos como treinos, pesquisas, cansativos trâmites burocráticos (vistos, autorizações, contratações, importações, etc.) e principalmente pelo elevado risco, custo e desgaste físico e psicológico – o estresse é tanto que é comum alguns esbravejarem ou fraquejarem declarando “eu nunca mais farei isto!”. Mas decidimos tentar realizar seis expedições extremas e pioneiras praticamente em sequência, sem intervalos durante cada desafio, mantendo uma estratégia non-stop independente de problemas de saúde ou meteorológicos. Por exemplo, ao invés da estratégia adotada pela maioria dos escaladores, ao partir para as montanhas só poderíamos retornar quando alcançássemos o cume, não importando quanto tempo isso poderia levar, sem a chance de voltarmos para casa em caso de emergência para retomarmos uma escalada semanas depois (já revigorados física e mentalmente).

Também, em busca de uma profunda imersão nas culturas e áreas selvagens que tanto amamos planejamos um desafio que somente poderia ser executado após um longo período de esforços, ao contrário da maioria das expedições que normalmente são realizadas em poucas semanas ou no máximo em um ou dois meses (não me refiro à Cicloturismo ou “viagens” ao redor do mundo de veleiro, carro ou mochilando, que é algo bem diferente). No total, foram necessários 12 meses para concluirmos o nosso grande sonho, além de um tempo mais até terminarmos algumas pesquisas e ações.

E para apimentar a nossa incerteza, decidimos testar os limites das nossas capacidades tentando realizar uma expedição formada por várias atividades completamente distintas e complexas, algumas mais desafiantes por serem novas para nós. Geralmente cada explorador possui uma única especialidade, como um escalador que se concentra apenas em técnicas de Montanhismo ou um remador que se limita à alguma modalidade em mar ou corredeiras. Possuir um expertise multiesportista é algo que nos leva além em nossas produções, mas gera desvantagens como a falta de tempo integral para treinos e estudos específicos para cada atividade (a evolução é mais lenta quando o foco é dividido). Mas apesar de ser algo raro no universo das expedições, por conta das nossas várias paixões e diversificadas necessidades, com os anos eu e a Fernanda acabamos nos especializando em atividades como Escalada de Grandes Paredes, Canoagem Oceânica, Canionismo, Mergulho em Cavernas, Ultramaratona e Stand Up Paddle. Além de trabalhoso, a união de técnicas tão diferentes potencializou as chances do nosso projeto naufragar.

E por último, o 6 Hard Xpeditions foi planejado para ir além de uma aventura meramente “desportiva”, formatado como uma empreitada “científica-exploratória” capaz de trazer benefícios concretos aos seres e regiões que tanto nos oferecem e inspiram. Como é tradição em nossas explorações, enquanto lutamos contra a extrema fadiga ou para nos mantermos vivos, com as devidas autorizações e apoio de importantes entidades ainda desenvolvemos valorosas pesquisas e ações ambientais com descobertas inéditas, como pioneiros inventários de espécies, cavernas e nascentes e análises químicas da qualidade da água de paradisíacas áreas ameaçadas.

Saiba quais foram os seis desafios extremos

Tudo começou com a exigente escalada da imponente face sudoeste do “Pico Sem Nome” (respeitando a nomenclatura de antigos moradores), uma das mais impressionantes e remotas montanhas da Mantiqueira, uma das últimas do Brasil com longos paredões rochosos com mais de dois mil metros de altitude que permaneciam sem vias de Escalada. A ascensão pela vertente mais extensa desta montanha era um sonho considerado impossível para alguns devido ao penoso acesso até a sua base, que de tão isolada desestimulava qualquer exploração – em 2001 fui enxotado desta zona durante uma expedição em solitário (https://olha.ai/qRCkM) e meses atrás ela foi palco da triste fatalidade do ultramaratonista francês Eric Welterlin (https://olha.ai/XlVuY).

Após uma infrutífera tentativa de escalar este pico em 2009, eu e a Fernanda retornamos desta vez ao lado dos escaladores Kelvyn Medeiros e Diego Moreira para uma empreitada que durou 22 dias de tensão e martírio – 7 dias de complexa e exaustiva navegação arrastando 170 quilos pela mata, com proteções tão distantes que quedas resultariam em voos de 40 metros, sofrendo severas lesões, sob gélidas temperaturas à noite, etc. Infelizmente choveu e após duras semanas Kelvyn e Diego precisaram partir, mas assim que o sol voltou o ombro deslocado da Fernanda deu uma desinflamada e encaramos uma árdua e ousada maratona de 24 horas ininterruptas… brindada com um belo cume. Aperitivo aqui: https://olha.ai/QnGGh.

Na sequência eu e a Fernanda percorrermos estradas do Sul ao Norte do Brasil e nos embrenhamos em áreas remotas do mítico Arquipélago do Marajó, maior conjunto de ilhas fluviomarítimas do planeta, na tentativa de realizar uma exigente expedição de caiaque, que foi considerada por alguns como “uma das mais duras expedições de Canoagem já empreendidas em rios da Amazônia”, embora prefiro dizer que foi uma das piores experiências que já vivemos. Ao invés de “excursionar” por rios já remados e movimentados, divertindo-se a favor da correnteza, optamos por tentar centenas de quilômetros de forma inédita e minimalista (sem remos reservas, etc.) e por um roteiro considerado impossível por alguns ribeirinhos e barqueiros, devido à passagens secas pela estiagem e por desejarmos subir um dos rios desde a sua foz enfrentando poderosas correntes contrárias de mais de 10 km/h responsáveis por grandes naufrágios. Interligamos nascentes por extensos campos secos e lamaçais, ficamos presos várias vezes em águas completamente obstruídas, atravessamos perigosos bandos de búfalos (com direito à bombas, berros e subida em árvore), remamos por turnos de até 13 horas e só três “esticadas de perna”, tomamos sustos com piranhas voadoras e grande jacarés no breu, sofremos sob péssima higiene e pastamos sob forte tensão no “pior trecho de pirataria do Brasil”, zona temida até pelo Exército e pela Polícia Federal – infinitos homicídios (até de expedicionários), alertas diários que seríamos violentados e mortos e ao sabermos da remadora britânica Emma Kelty (degolada dias antes) nem nos abalamos, pois estávamos amargando dramas pessoais (a Fernanda raspou o cabelo para parecer homem, nos escondíamos em igarapés, mentíamos para sair vivos, etc.). Prontos para arrastar o caiaque por uns 50 quilômetros, após um pistoleiro nos surpreender durante uma remada noturna e comentários que “seríamos saqueados no outro dia” despachamos nosso barco em um trator e realizamos corridas por solo rachado e sob forte calor, que destruíram os nossos pés. Mas ao final a incomparável riqueza natural e hospitalidade marajoara falaram mais alto. Aperitivo: https://olha.ai/zhMgV.

Ainda castigados física e mentalmente, partimos para “uma das maiores explorações de cachoeiras do mundo”, Canionismo científico-exploratório que resultou na “maior descida de montanha do Brasil” (quase 1.900 metros de desnível baixados), palmilhando pela primeira vez a inóspita e ainda desconhecida Cachoeira da Neblina, uma das mais altas e belas quedas d’água da América Latina e que, para nossa surpresa, ultrapassou em quase 100 metros o Salto El Dourado (Aracá, AM) e se tornou “a mais alta cachoeira do Brasil” (https://olha.ai/D0m4c – conjunto com 450 metros de altura e rapeis de 250 metros). Com técnicas alternativas e ajuda dos canionistas Anor Sassaron e Juliano Hojah até o penúltimo dia, travamos uma luta pela sobrevivência, nos arrastando por sete vertiginosos quilômetros em um dos terrenos mais peri gosos do Montanhismo nacional, por dez dias nas imponentes montanhas da Serra dos Órgãos (confinados por sete dias de trabalhos verticais), realizando dezenas de rapéis com 120 quilos em cordas de apenas 9 mm e sob penhascos repletos de blocos soltos e quinas afiadas (que transformaram 200 metros do melhor produto do mercado em pedaços de 30 ou 40 metros). Rolou de tudo, bivaque forçado em uma laje que poderia ser varrida pela chuva prevista, fortes dores e lesões, pernoite sem tirar o neoprene molhado e gelado, capotadas durante rapeis verticais, escorregões na borda de abismos, neblina que impedia de vermos se as cordas alcançavam platôs seguros, rapeis negativos na madrugada, pernoites em instáveis redes e tocas cheias de goteiras e aranhas, vômito por exaustão e adrenalina, pensamentos impróprios e muita impotência, medo e incerteza. Ainda assim realizamos uma inédita pesquisa sobre um dos mais importantes rios do Sudeste, com a Caracterização da sua Biodiversidade (em parceria com a SOS Mata Atlântica e com o biólogo Izar Aximoff), levantamento das suas nascentes, análise química da qualidade de suas águas, estudo para uma Normativa para a implementação do Canionismo localmente, ação junto à Defesa Civil em prol de uma estação de alerta de inundações, além de uma homenagem ao saudoso Carlos Zaith, um dos profissionais que mais lutou pelo fortalecimento das atividades ao Ar Livre e pela preservação dos nossos ameaçados rios. Aperitivo: https://olha.ai/ipbek.

Eu e a Fernanda mal retornamos e, formando um trio com o experiente mergulhador João Andreoli, iniciamos o “primeiro inventário de cavernas submarinas de um arquipélago brasileiro”, que mesclou outra ação científica com uma das atividades mais complexas e perigosas. Em pontos de difícil acesso do Arquipélago de Ilhabela, nossa paradisíaca morada, realizamos mergulhos visando a exploração, o registro e o mapeamento de uma série de cavidades de difícil acesso que estão sendo estudadas e catalogadas no Cadastro Nacional de Cavernas, principal inventário do gênero do Brasil, coordenado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia. Nossa equipe enfrentou condições um tanto técnicas, pois em algumas explorações as correntes marítimas produziam fortes refluxos que eram potencializados nas passagens mais estreitas, nos obrigando a trabalhar com nossas câmeras, trenas, pranchetas, carretilhas e até martelos de Escalada às vezes com péssima visibilidade e sendo chacoalhados entre paredes afiadas, resultando em computadores avariados, escoriações e espinhos de ouriço pelo corpo. Mas valeu pela satisfação de colaborar com o desenvolvimento das atividades ao Ar Livre em nosso município e com a pesquisa destes ambientes tão valiosos e infelizmente ainda bem pouco estudados. Aperitivo: https://olha.ai/Qq1tD.

De Ilhabela embarcamos para tentar outro desafio pioneiro e incerto, só havia um problema técnico. Se uma maratona (42,19 km) já não é para qualquer mortal e uma ultramaratona de 100 quilômetros é absurdamente desgastante, imagina realizar uma corrida física e mentalmente mais exigente em formato ainda mais extremista… sem termos tido tempo para treinar. Contarei as razões em um outro artigo, agora me resumo a dizer que mantivemos o foco inicial e decidimos encarar uma exaustiva ultramaratona de cerca de 240 quilômetros – 90% por areia fofa – percorrendo toda a costa oceânica do Uruguai, desde o Brasil até a fronteira com a Argentina. Apesar de já ter realizado desafios duros e mais longos como “camarógrafo-atleta” (https://olha.ai/yJUOx), para tornar esta etapa realmente “hard” cortamos uma série de auxílios que são comuns mesmo em algumas das competições mais difíceis do mundo – boicotando rotas demarcadas, postos de água e comida, médicos, alojamentos (com banheiros, barracas, etc.), prêmios em dinheiro ou atletas para nos motivar. Assim, largamos com mais de quinze quilos nas costas e sofremos com calor escaldante em praias formadas por intermináveis dunas, frio noturno pela falta de roupas e equipos, sede desesperadora (rios secos, goles de poças salobras ou enlameadas, etc.) e dores tão fortes que nos separaram. Combinamos que “mesmo diante do pior incidente um de nós teria a responsabilidade de continuar”, o que ocorreu após uma antiga lesão ressurgir e neutralizar a Fernanda. Apesar das minhas dores crônicas e dificuldades – torção de tornozelo, unhas esmagadas e caindo, medo de ser preso (história longa), o meu judiado joelho travando (após 33 anos de Skate e 23 de cargueiras pesadas) – após um esforço indescritível e com a ajuda de anti-inflamatórios, massagens, gelo e foco enfim alcancei o icônico encontro das águas do Atlântico e do Rio de La Plata. Aperitivo: https://olha.ai/ReG4a.

E enfim, após cruzar pela quarta vez os pampas e serras do Sul, em um misto de exaustão e motivação concluímos o projeto 6 Hard Xpeditions, com uma ideia que apesar de parecer louca para muitos (“uma das mais insanas expedições de SUP já realizadas” afirmaram uns expertos) se mostrou como a única forma aceitável para empreendermos uma aventura remando em pé, atividade que achávamos monótona. Durante uma inédita travessia palmilhando por 16 dias centenas de impróváveis quilômetros de uma das regiões mais belas, isoladas e ricas em biodiversidade do Brasil, realizamos outra aventura científica-exploratória cruzando áreas inexploradas, adentrando estreitos e imperceptíveis córregos para tentar cruzar um roteiro desaprovado até por mateiros, com complexa navegação em inúmeros labirintos formados por milhares de ilhas, rios e canais – arrastamos mais de cem quilos de carga (incluindo pranchas de quase 5 metros) por inóspitos manguezais e florestas alagadas quase impenetráveis (por vezes à noite), presos nas baixas marés lutamos com lama até os joelhos, chafurdamos por águas fétidas infestadas de cobras e jacarés responsáveis por ataques registrados, remamos contra fortes ventos e correntes, fomos surpreendidos por caçadores sorrateiros durante pernoites na morada de onças (cruzamos rastros e lembrávamos das estatísticas locais a cada barulho noturno), suportamos sofridas madrugadas em manguezais sob uma instável barraca armada sobre pranchas precariamente ancoradas (flutuando ou suspensos em um jirau feito com galhos e remos, despertando a cada meia hora para verificar se a alta maré noturna não nos arrastava), sendo castigados por torturantes hordas de mosquitos “pólvora” em plena lua cheia (quando ficam mais “furiosos”), sofremos com lesões e dores crônicas (cotovelos e ombros inflamados, mãos e pés inchados e enferidados, bolhas, etc.), improvisamos soluções para equipos avariados, com técnicas e logística minimalistas (com a mesma roupa, dispensando alguns equipos extras, etc.), entre outras dificuldades. Apesar de cruzarmos áreas completamente obstruídas por densa vegetação, que exigiam até duas horas para render apenas uns 300 metros nos piores trechos, realizamos nossa jornada sem cortar uma folha sequer com o facão e mais uma vez produzindo uma importante pesquisa (com análises químicas da qualidade da água, etc.) e em prol de uma nobre causa ambiental (saiba mais em www.salveailhadomel.com.br). Aperitivo: https://olha.ai/b5e0j.

Não perca o documentário e outras ações

Com logística grandiosa, o complexo e custoso projeto 6 Hard Xpeditions só se tornou realidade graças à visão dos patrocinadores Duracell, LG, Gore-tex e Brasil Kirin, da Volvo (nosso veículo oficial) e dos apoiadores Solo, Pé na Trilha, Five Ten, Seasub, Atlântico Sul, Trango, Dewalt, Bonier, Plasmódia, Amphibia, New Advance, Ben Paddles, Meu Dome, Universo Marinho e Opium Hightech, que colaboraram diretamente com a viabilização de cerca de 300 equipamentos e serviços, além de cursos e treinamentos que vão de Primeiros Socorros para Áreas Remotas, mergulho noturno ou em cavernas à incomuns sessões de Apneia Dinâmica carregando pedras no fundo do mar. Desde 1995 no difícil segmento Aventura tive o privilégio de realizar inúmeras ações com bons profissionais, mas neste projeto nos impressionamos com a ótima energia e confiança que nos foram depositadas por estes excelentes parceiros, que acreditaram em nossas aparentemente insanas ideias e nos fortaleceram para concretizarmos ações socioambientais tão importantes.

Graças a estas marcas e a outras empresas e seres generosos (lista completa aqui: www.6hardxpeditions.com/parceiros), durante um ano eu e a minha parceira vivemos incontáveis experiências recheadas de fortes emoções, do áspero sofrimento ao doce prazer, vivenciadas em ricas culturas tradicionais e em algumas das regiões mais lindas e selvagens do nosso continental país – remamos entre lontras e dezenas de golfinhos, avistamos baleias e bandos de grandes primatas, cruzamos colônias de lobos marinhos e até um pequeno tubarão, nos impressionamos com animais raros como um belo exemplar de tucano aparentemente não catalogado.

Hoje, enquanto relaxamos em nosso porto seguro em Ilhabela, selecionamos milhares de imagens para em breve apresentar as alegrias e desventuras vividas em uma websérie, em artigos sobre cada etapa, em palestras, nas nossas redes sociais e em um documentário. Para saber mais sobre a aventura mais mágica e inesquecível das nossas vidas basta acessar www.6HardXpeditions.com e se cadastrar em nossos perfis e canais.

Ótimas aventuras para todos, viva a incerteza!