O futuro da Canoagem Brasileira


Categorias de base da Canoagem Velocidade são fundamentais para a evolução dos atletas no esporte

unnamedDuas categorias que fazem parte do Campeonato Brasileiro de Canoagem Velocidade e Paracanoagem deste ano na Raia de Canoagem e Remo do CEPEUSP (Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo), do dia 12 a 15 de dezembro, com cerca de 50 atletas e 21 provas, não são tão badaladas quanto as outras.

São elas a Infantil, para atletas de até 12 anos, e a Menor, para atletas de 13 e 14 anos. Apesar de pouco se falar delas as categorias de base são muito importantes, principalmente para o desenvolvimento técnico dos atletas.

É o que afirma Gilvan Ribeiro, atleta do K1 e K2 Sênior, que também participa do Campeonato Brasileiro e é técnico das categorias de base da Associação Santa-Mariense de Esportes Náuticos (ASENA).

“Essas categorias são o alicerce do atleta. Quanto mais cedo aprimorar a parte técnica melhor. Muitos atletas mais velhos hoje não passaram por essa fase importante da carreira e acabam não atingindo o seu potencial máximo”.

De acordo com Ribeiro nessas categorias serão formados os futuros campeões da Canoagem Brasileira. O técnico relata que eles aprendem desde cedo a serem disciplinados, dedicados, além de terem o privilégio de crescerem no meio do esporte. Nesta fase a parte física ainda não é o mais importante mas, sim, as técnicas de como remar dojeito certo, todo o trabalho de movimentação corporal dentro da embarcação. Na parte física as atividades são aeróbias e, para os músculos, os jovens atletas praticam o crossfit, um método que trabalha os músculos usando apenas o peso do corpo.

“Fora da água os atletas trabalham a parte aeróbia com corrida e como são muitos jovens para fazerem musculação, nós utilizamos osexercícios de crossfit, onde os atletas trabalham os músculos e o condicionamento físico sem necessidade de aparelhos e pesos de academia”, ressalta Gilvan.

Os pequenos atletas de várias regiões do Brasil que desembarcam em São Paulo para a disputa do Campeonato estão muito ansiosos e confiantes para competir, sem deixar de lado a parte divertida e prazerosa da prática do esporte. “Remar pra mim é como estar nas nuvens. É uma sensação de liberdade total”, diz Mainara Silva, atleta de 12 anos do K1 Infantil que vai disputar as provas de 500 e 1000 metros pela ASENA (Associação Santa-Mariense de Esportes Náuticos).

“Estamos treinando desde o começo do ano para essa competição. Estou confiante e quero voltar pra Santa Maria com medalhas. Meu sonho é chegar à seleção e, quem sabe, um dia às Olimpíadas”, complementa Mainara.

A Bahia tem por tradição formar bons atletas na canoa. Segundo Pedro Sena, treinador das categorias Junior e Sub 23 da Seleção Brasileira permanente, isso se deve ao contato que os atletas de lá têm com o esporte desde cedo. “Ubaitaba e Itacaré são cidades da Bahia que têm a canoa como o Brasil tem o futebol. Desde cedo as crianças têm contato com o esporte por projetos sociais e incentivo e a consequência disso é o melhor desenvolvimento e desempenho futuro”.

Isaquias Queiroz e Erlon Souza são nomes fortes hoje na Canoagem Brasileira. Ambos vieram da Bahia. “É importante nós termos esses grandes nomes vindo de lá, pois isso motiva mais ainda os jovens que se espelham nesses atletas a se dedicar ao esporte”, afirma Sena.

Os atletas das categorias Menor e Infantil vão competir com as embarcações k1, k2 e k4 no caiaque e C1 e C2 na Canoa, em provas de 200, 500 e 1000 metros.

O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) é o patrocinador oficial da Canoagem Brasileira e tem sido decisivo no crescimento do esporte no país. A canoagem também conta com os apoios significativos do Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e Itaipu Binacional.

Mais informações sobre o evento em: http://www.canoagem.org.br/evento/index/eventos_id/596
Fotos (2013) em alta resolução em: http://www.flickr.com/photos/canoagembrasileira/sets/72157633905006096/

Fonte: Confederação Brasileira de Canoagem