De maneira muito tranquila, a prova teve vento brando de sudoeste e ondulação de sul, que depois virou sudoeste.
No segundo ano de prova, mais uma vez a largada teve que ser da Praia Vermelha e não do Leme. As condições de onda não eram as piores, mas apresentavam um pequeno risco, desnecessário, na entrada dos atletas no mar.
Todos seguiram para a o novo local de largada onde foram realizados todos os procedimento pré prova, entre eles a checagem final do equipamento SPOT Gen3, pelos representantes da marca e patrocinadores do circuito 2016. Após um bate papo com os pouco mais de 20 atletas, dos 45 inscritos, a largada foi dada, precisamente as 9h20 da manhã. Neste momento já estavam no mar a produtora responsável em colher imagens para o vídeo que será lançado sobre esta etapa, a melhor equipe de salvamento e segurança de mar do Brasil, o Surf Resgate e alguns barcos de apoio contratados por alguns acompanhantes ou patrocinadores de atletas.
Este ano a prova transcorreu de maneira muito tranquila ou planejada. Vento brando de sudoeste, ondulação de sul que depois virou sudoeste também, mas com ondas que não quebravam acima de um metro no local da chegada.
Já na largada era nítido um mista de felicidade por chegar a hora da prova, mas também um pouco de tensão, natural para quem teria que ficar no mar por não menos que 3 horas, podendo chegar a 6 horas. Esta é uma prova que vai muito além do bom preparo físico ou treinos, já que qualquer prova de longa duração, requer saber alimentar-se e hidratar-se com profundo conhecimento ou acompanhamento de um profissional da área. Outro fator de grande risco, não só para o sucesso na prova, mas para a integridade física do atleta, é evitar a grande perda de caloria e este era um ponto que preocupava a organização. Havia sol, mas o atleta suado ou que tenha caído na água, certamente sentiria frio com o ventinho gelado que estava presente.
Por fim a prova correu de maneira tranquila, foram apenas duas desistências durante a prova, ambas acompanhadas de perto pela equipe de segurança, até que o atleta estivesse em segurança na areia, no ponto onde ele havia desistido.
O primeiro atleta a finalizar a prova foi o campeão da Tríplice Coroa em 2015, o atleta Carlos José Lopes (China) na modalidade V1, com o tempo de 03h09m43s. Leonardo Carneiro no Surfski, único atleta da modalidade, concluiu em 03h39m18s, pouco depois do primeiro na categoria OC1 masculino que foi Marcelo Rodrigues Silva, que fechou a sua prova em 03h37m50s.
Representando as mulheres, a solitária, mas guerreira representante da Canoa Havaiana, a atleta do clube Rio Va’a, Ilana Frydman, chegou com um sorrisão, mesmo depois de passar um pequeno aperto com a quebra do seu remo. A atleta fechou a prova em 04h28.
O Stand Up Paddle vem mais uma vez sendo a modalidade que mais tem aderido às provas de Tríplice Coroa, garantindo assim a permanência de modalidade no campeonato. João Castro, que é diretor da Ecooutdoor – realizadora do circuito, lamenta a pouca adesão do Va’a e do Surfski, algo que pode colocar as modalidades de fora do circuito.
Grandes nomes do SUP nacional ou atleta bastante conhecidos por suas performances em provas do brasileiro, do Aloha Spirit, entre outros grandes eventos. No feminino a presença de Lena Guimarães e Marly Pires, abrilhantaram a prova, e chegaram exatamente na ordem descrita. Lena em primeiro e Marly em segundo, na categoria STOCK. Os tempos foram respectivamente 03h54m22s e 04h18.
Não menos brilhante foi a participação da atleta Glaucia Pompeu, do Rio de Janeiro, que no ano passado não completou a prova, mas treinou duro para que em 2016 este desafio fosse concretizado. “Glau” terminou a prova de uma maneira contagiante, aplaudida, abraçada, com o tempo de 05h12m00s, sagrando-se campeã da STOCK 40+.
Vele também ressaltar a bela prova feita por Ivan Mundim, atleta SUP Stock 50+, que com seu tempo de 04h05m00s, não só foi o campeão na sua faixa etária, como foi o quinto atleta de SUP no geral a concluir a prova, ficando atrás apenas de Marcio Adriani, campeão na sua faixa etária e geral no SUP, Maurício Thompson, Fábio Valongo de Niterói e Lena Guimarães.
Ivan teve ao seu lado no pódio, em segundo lugar, o dedicado e focado atleta Renato Costa, que vem treinando muito em 2016, para a sua primeira temporada no Havaii e este caso vale ser levado e ao conhecimento de todos, pois uma das frentes a que a Tríplice Coroa se propõe é justamente a de tentar colocar o atleta, ao máximo possível, em contato com formatos que os preparem de alguma forma para grandes provas internacionais. Estamos convencidos de que o caminho está certo e a Tríplice Coroa vai aprimorar-se ano após ano.
A segunda etapa do circuito será no dia 6 de Agosto, em Angra dos Reis, a a Ecooutdoor além de confirmar todas as informações e abrir inscrições já na próxima semana, lança uma novidade que colocará atletas em contato com este tipo de prova, buscando inspirar novos participantes, que será uma prova paralela, mais curta e participativa.
RESULTADOS
SUP STOCK masculino
1º Marcio Adriani 3h45m46s
2º André Rosa 4h16m00s
3º Mário Jorge de Carvalho 5h09m00s
SUP STOCK masculino 40+
1º Mauricio Thompson 3h53m00s
2º Fábio Valongo 4h00m00s
3º Leonardo Lorang 4h14m00s
4ºFrederico Vidigal 4h44m00s
SUP STOCK masculino 50+
1º Ivan Luiz Ferreira Mundim 4h05m00s
2º Renato Orlando Costa 4h43m00s
3º Milton Barros 4h50m00s
SUP STOCK feminino
1º Lena Guimarães 3h54m22s
2º Marly Pires 4h18m00s
SUP STOCK feminino 40+
Glaucia Pompeu de Siqueira 5h12m00s
SUP Unlimited masculino
1º Bruno Torquatro 4h06m00s
2º Marcelo Romano 5h12m00s
OC1 Masculino
1º Carlos José Lopes Ribeiro 3h09m00s (V1)
2º Marcelo Rodrigues Silva 3h37m50s (OC1)
OC1 Masculino 40+
1º Rodolfo Torres 3h52m14s
2º Mauricio Noronha Chagas 4h16m00s
OC1 Feminino
Ilana Frydman 4h28m00s
Surfski
1º Leonardo Carneiro 3h39m18s