Sonho olímpico segue vivo para Irmãos Ribeiro


Nove medalhas no Sul-Americano disputado recentemente no Equador e a esperança da tão sonhada vaga olímpica cada vez mais viva.

Foi com estes números e sentimentos que o multicampeão nas águas Givago Ribeiro desembarcou em Santa Maria após a competição que consagrou o Brasil como a grande potência do continente na canoagem, com 44 medalhas (21 de ouro, 19 de prata e 23 de bronze).

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Ao lado do irmão mais novo Gilvan Ribeiro, que conquistou nada menos do que três medalhas de ouro (k1-500 m, k2-1000 m e k4-1000 m), e a estreante em torneios internacionais Andrieli Estefani de Lima, atleta revelada pelo projeto social Remar, desenvolvido pela ASENA (Associação Santamariense de Esportes Náuticos), o incansável e líder da equipe que treina na barragem do DNOS, detentor de uma medalha de prata (k4-500 m) e outra de bronze (k2-18 km), avaliou o desempenho santa-mariense na altitude de Ibarra e projetou o futuro dos canoístas da cidade na temporada que pode confirmar os meninos humildes do bairro Campestre do Menino Deus que vendiam doces na infância entre a elite esportiva mundial que disputará os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

– A sensação é de dever cumprido logo na primeira meta internacional do ano. Era algo que a ASENA planejava, ter atletas disputando competições internacionais, mas não em curto prazo. Então, isso veio para dizer que estamos no caminho certo sim, no desenvolvimento do esporte aqui da cidade, ainda mais com a participação da Andrieli, fruto do projeto Remar. Então, com menos de três anos de trabalho já ter uma representatividade internacional junto à seleção brasileira, a exemplo de Mariane dos Santos, que atualmente se encontra em Curitiba treinando juntamente com o Gilvan na sede oficial da seleção brasileira, mostra que Santa Maria e ASENA estão no caminho certo. Sem dúvidas a missão foi cumprida nesse primeiro momento. – destacou Givago.

Com sete canoístas beneficiados pelo Bolsa Atleta – programa que garante rendimento mensal aos três primeiros colocados de cada categoria no Brasileiro de Canoagem disputado no final do ano, Givago espera um crescimento ainda maior dos santa-marienses a nível nacional.

– Esperamos para este ano ter uma equipe de competidores na categoria júnior, que é um ano antes da categoria profissional, e, certamente, realizar no ano que vem mais uma meta, que é nós termos um k4 da ASENA, fruto do Projeto Remar, na categoria profissional, também almejando competições internacionais. – projeta ele.

Mesmo treinando longe do irmão, Givago não desvia o foco do grande sonho da dupla e fala o que é preciso para a conquista da tão desejada vaga olímpica:

– O plano nesse momento é a disputa da Copa do Mundo, eu não irei disputar, mas o Gilvan já vai estar no próximo mês na primeira etapa em Portugal. Depois disso há a qualificação entre os oito melhores do mundo no Mundial da Itália, e caso não consigamos o êxito nestas provas, ainda temos a repescagem pan-americana, que será decidida no início do próximo ano. – revela o canoísta de 27 anos.

No último Brasileiro de Canoagem Velocidade, disputado entre os dias 25 e 28 de setembro, em Curitiba, A ASENA faturou 25 medalhas (duas de ouro, 17 de prata e 6 de bronze), e conquistou o sétimo lugar no geral entre equipes.

Texto e foto Por Diogo Viedo, Esporte Sul