A primeira volta na ilha de Santo Amaro em um Epic V7, por Ricardo Padovan

Após comprar seu primeiro Surfski, Ricardo tinha uma meta pessoal: remar os 75km ao redor da Ilha de Santo Amaro, o Guarujá.

Sábado, 28/03 foi um dia especial pra Ricardo Padovan, embora muita coisa não tenha saído conforme ele esperava, Ricardo conseguiu realizar seu sonho de remar sozinho com seu novo Surfski Epic V7, os 75km na Volta da Ilha de Santo Amaro. É neste mesmo percurso que acontece a competição mais dura a ser remada no Brasil, e como canoístas são sempre movidos a desafios, a idéia de Ricardo era fazer os 75km sem parar.

A odisséia começou no dia anterior, que por dormir tarde na noite que antecipou sua saída, acabou perdendo a hora do despertar e iniciar sua remada às 5h30 da manhã. Só foi conseguir entrar na água por volta das 10h, e por sair na pressa acabou esquecendo as lanternas e sinalizadores. Itens de segurança obrigatórios para navegação noturna.

Um grande detalhe vale citar, era a primeira vez que Ricardo remava seu Epic V7 no mar. “Em questão de alguns minutos, já estava adaptado ao balanço. Foram longas horas remando, os trechos mais críticos foram a passagem entre ilhas, nesses pontos o mar fica muito mexido, e tinha hora que parecia que eu estava remando dentro de uma máquina de lavar roupa, a água entrava no cockpit por todos os lado”, – comenta Ricardo.

“Mas é ai que vemos a qualidade do Surfski, em alguns segundos a água logo escoava, e o sistema de leme fazia com que mesmo no trecho ruim o Surfski mantivesse sua direção, e estabilidade única, e o desafio continuava.”, finaliza Padovan.

Com uma remada cadenciada, as paisagem iam se renovando, até que de longe relata ter avistado o último trecho de encosta para cruzar o Farol de Bertioga. “Fui obrigado a fazer uma única parada para abastecer a mochila de suplementos e misturar alguns shakes, e como não podia perder tempo, retornei rapidamente a água!!”, comentou.

Como previsto, a maré estava vazando pouco, mas o suficiente para colocar a prova todo treino que Ricardo havia se submetido para encarar esse desafio. “A suplementação e o fator psicológico foram exigidos, pois a partir daquele ponto, eu tinha a temida correnteza contra. E como é na dificuldade que nos sentimos fortes, na metade do trecho do canal de Bertioga, a noite chegou, e junto com a escuridão veio o sentimento de paz, de introspecção.” diz Ricardo.

Ricardo sempre gostou de remar a noite, e diz que nas águas somos únicos. “O único barulho é da entrada do remo na água, e as luzes distantes refletindo na proa do caiaque.”, cita.

Completados os 75km, toda sua extensão o colocou à prova e como diz o velho ditado, “Batalhas fáceis fazem soldados fracos”, Ricardo pode dizer que hoje se sente mais completo, mais forte e com mais amigos, aos quais trocou algumas palavras ou apenas um breve aceno durante o percurso.

Agradecimento especial ao Celso Filetti, a nutricionista Ms Anielle D’Angelo, BRNFoods, Marcelo Lanzara, Centro de Treinamento & Esporte e ao Clube do Remo de Itupararanga.

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Por Ricardo Padovan