4ª etapa do Circuito Brasileiro de Canoagem Oceânica marca nova era


Evento realizado em comunhão com a modalidade Va’a reuniu mais de 200 atletas no Pontão do Lago Sul, em Brasília

Inicia-se uma nova era na Canoagem não-olímpica. Os atletas que estiveram presentes para a 4ª etapa do Circuito de Canoagem Oceânica e 3ª etapa do Circuito brasileiro de V6 no Lago Paranoá, em Brasília, viram o nível da estrutura que ambas modalidades terão a partir desta etapa, como facilidade em transporte de embarcações, área de atletas, sala vip e uma grande staff trabalhando para que tudo saísse perfeito.

Através da CBCa, as modalidades Oceânica e Va’a foram contempladas pela Lei do Incentivo ao Esporte junto ao banco BNDES, o patrocinador. A Hoop Sports é a empresa por trás, organizando a estrutura dos eventos e a partir desta etapa de Brasília, frequentemente temos um trabalho em união. São muitas pessoas trabalhando em conjunto com a ABraCan e com a CBCa para que as duas modalidade entrasse no projeto de incentivo.

top 10 surfski

Os atletas eram recebidos na arena da competição e deviam se dirigir a uma sala onde era feita a confirmação da sua inscrição e lá recebia um kit com sua camiseta, protetor solar, folder informativo etc. Após isso, outra sala aguardava os atletas para a retirada dos numerais, que eram jalecos para usar por cima do colete salva vidas.

Mesmo com todas informações oficias do evento divulgadas antecipadamente, um pequeno atraso na finalização da entrega de numerais ocorreu devido à grande quantidade de atletas que deixou para retirar seus numerais de última hora. Principalmente atletas locais de Brasília, atitude essa que não será mais tolerada pela organização, fazendo-se cumprir o horário e sendo assim, deixando os atrasados ou desorganizados de fora.

Esse atraso refletiu no horário do briefing que era previsto para 13h30 com a largada prevista para as 14h, segundo consta no boletim oficial. Durante o briefing, dúvidas sobre o percurso foram tiradas, mas muitos questionamentos irrelevantes foram feitos, detalhes básicos que estavam divulgados previamente no boletim oficial da prova, bem como detalhados no mapa do percurso. Esse tipo de atitude terá que ser revisto pela organização da modalidade, pois mesmo com o briefing realizado e boletim oficial divulgado, muitos atletas erraram o percurso. Houve um deslocamento de bóia que não atrapalhou tanto, mas que atletas desrespeitaram o percurso de passagem não gerando penalizações.

A postura que os atletas cobram da organização na questão de profissionalismo também deverá ser inversa, onde a organização cobrará a postura profissional do atleta. Questões que envolvem desrespeitar o regulamento pelo não uso de saia, não uso de leash e não uso de outros equipamentos obrigatórios começarão a gerar desclassificação do atleta.

Um caso perceptível por todos na hora do embarque dos atletas da oceânica foi que atletas previamente instruídos em não passar na raia de boias que estava tendo baterias da prova de Va’a, invadiram o triângulo de boias sendo necessário ter que o locutor do evento alertar no microfone para que se retirassem da raia, correndo o risco de atrapalhar a bateria de Va’a. Isso não será mais tolerado correndo o risco de haver cancelamento da prova.

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Aproximadamente 100 caiaques e surfskis estavam alinhados para a largada. Esse momento foi lindo, único e muito bem respeitado por todos os atletas, fazendo um alinhamento rápido sem problemas de antecipação que pudesse gerar uma largada falsa. Mérito dos atletas!

Depois de 1 hora de prova, os primeiros caiaques Turismo Junior começaram a surgir no horizonte do Lago Paranoá. Luiz Eduardo de Oliveira, da ACALINO foi o grande campeão. Novamente com os atletas respeitando as boias que foram demarcadas para não invadir a raia da Va’a, o balizamento favoreceu grandes disputas até a linha de meta, principalmente no Surfski individual entre Luiz Wagner Pecoraro e José Marcos Mendes Filho, que levou a melhor contra Luiz. José Marcos também sagrou-se campeão nas disputas de Va’a que antecederam a prova da oceânica, demonstrando ser um dos melhores atletas do país. Veja a disputa no video abaixo:

Muitas categorias já definiram seus campeões brasileiros apesar de ainda restar uma etapa para encerrar o campeonato, além de contabilizar o descarte previsto em regulamento, como é o caso de João Pedro Schiavinato da Silva, campeão Junior no Surfski e José Antônio da Silva, que conquistou o Campeonato Brasileiro com uma etapa de antecedência no Caiaque Oceânico.

Destaque para o atleta da Paracanoagem Fabrício Amorim da Silva, que fez o percurso completo de 21km, sendo o grande campeão da Paracanoagem. No Caiaque Feminino, Rafaela Nascimento foi a campeã seguida por Viviane Vaz e a grande sexagenária Melissa Loei. Paulo Moté e Marcelo Sabino foram os campeões geral no caiaque duplo e Lorena e Patrick Amaral na dupla mista do caiaque oceânico.

Carmen Lucia da Silva também tornou-se a grande campeã brasileira de Surfski com 4 vitórias nas 4 etapas do circuito. Destaque para a dupla Rubens Pompeu e Marcelo de Barros Martins, campeões no Surfski Duplo. A dupla mista Marcelo Lins e Angelica Evarista também conquistaram o título de campeões brasileiros de 2015 no surfski duplo misto.

Essa etapa foi a última antes do embarque da seleção brasileira que irá ao mundial de Oceânica no Tahiti em outubro. Apenas 3 atletas dos 19 que irão ao mundial não estiveram presentes na etapa.

CONFIRA AQUI OS RESULTADOS COMPLETOS DA 4ª ETAPA E O RANKING 2015 MODALIDADE OCEÂNICA

A próxima competição, em 3 e 4 de outubro, que também está contemplada pelo projeto é a etapa de Cabo Frio onde será disputado o Brasileiro de V6 e teremos uma prova chama Copa Brasil de Downwind em que os atletas da canoagem oceânica farão o percurso de Búzios a Cabo Frio, somente em embarcações Surfski. Os caiaques ficarão de fora.

Contratempos sempre irão existir, mas que a modalidade evoluiu bastante temos que concordar. O nível dos atletas tem melhorado, bastando acompanhar o ranking da canoagem oceânica 2015.