5ª etapa da Oceânica encerra o Circuito 2015 e consagra campeões


As condições encontradas no percurso de longa distância no mar, característico da Oceânica, foi o grande desafio nesta última etapa

No domingo aconteceu a prova principal da modalidade Oceânica. Com o cronograma de horário previamente divulgado, todos os protocolos foram cumpridos no horário. Entrega de numerais e confirmação de inscrição, briefing e a largada, que estava marcada às 10h.

Os atletas partiram da Praia do Canto do Forte, na cidade de Praia Grande/SP, com um tiro de 1000 metros até a primeira bóia prevista no percurso. Ao encontrarem a primeira bóia, teriam que contorna-la à direita e seguir para a segunda bóia que estava posicionada cerca de 4 kms sentido a
Praia do Campo da Aviação. Neste trecho do percurso, o vento Leste soprando já caracterizava que a volta contra o vento seria o grande desafio da prova, portando todos aproveitaram e surfaram grandes ondulações que se formavam favoráveis ao vento.

A direção de prova optou por manter o plano A do percurso, que era previsto no boletim informativo, por considerar que as condições climáticas estavam de acordo com o que previamente havia sido proposto. Porém o vento aumentou no meio da prova e se o percurso fosse invertido, seria mais assertivo no maior trecho que os atletas pegariam favorável.

Depois de contornarem a segunda bóia, os atletas se dirigiriam à Ponta do Morro do Forte, usando-a apenas de referência para irem de encontro à terceira bóia do percurso. Após o contorna da última bóia, os atletas retornavam à Praia do Canto do Forte. Nesse último trecho os atletas, principalmente da categoria Oceânica tiveram muitos problemas. Ficou nítido para organização de prova que os que mais tiveram problemas com resgates foram as embarcações Oceânicas que são cabinadas e facilmente alagam, causando dificuldades de equilíbrio dos atletas.

Pensando nessa questão, o Supervisor da modalidade Oceânica Jefferson Sestaro revela que a unificação de classes prevista para 2016 evitará que muitos continuem no Oceânico e partam para o Surfski, que é muito mais seguro e rápido nos mares. “Nós do comitê da Oceânica já identificamos essa dificuldade dos Oceânicos em acompanhar provas e desafios no qual o mar está muito mexido. Para os atletas da Surfski eles tiram de letra e se aproveitam dessas situações, já para os Oceânicos esse cenário pode ser um grande risco, é fator de segurança. Sabemos que muitos abrem a saia ou até usam saias anti-respingos sem condições de uso. Até mesmo alguns caiaques não tem condições de estarem na água e esse tipo de coisa será cortado em 2016. Filtraremos as embarcações para melhorar a segurança do atleta”, revela Sestaro.

A primeira embarcação a cruzar a linha de chegada com 1h13:18 minutos de prova foi a dupla Claudio Zsigmond e Fernando Ramos Barbosa no Surfski Duplo, seguido pelo atleta individual Frederico Camargo Longhin, que cruzou a linha de chegada em segundo geral com o tempo de 1h17m26s. A satisfação dos atletas no percurso desafiador era visto em cada um que chegava e comemoravam comentando inclusive ter sido a melhor prova do ano.

No feminino grande disputa entre Rayssa Correa e Carmen Lucia, onde Rayssa levou a melhor pois Carmen vinha a frente mas na arrebentação acabou virando e o critério de chegada era encostar a embarcação na areia, detalhe que deu a vitória à Rayssa.

Na classe Caiaque Oceânico grande destaque para Kleber Gonçalves chegando em primeiro lugar com o tempo de 1h33m28s e no feminino para Viviane Vaz dos Santos com 1h43m46s.

O Oceânico Duplo contou com a vitória de Josimar Florencio de Moraes e Rogério Teixeira, seguidos por Paulo Moté e Marcelo Sabino. Outro destaque da prova foi o Duplo Oceânico Misto com Elen Fernandes e Edneder Fernandes chegando em 3º geral com o tempo de 1h18m21s. Ano que vem a categoria Duplo Misto se unirá aos Masculinos, formando somente a categoria DUPLOS, onde serão premiados os 3 primeiros gerais e depois por categorias de idade.

O Surfski individual, vencida pelo Frederico Camargo Longhin teve pódio composto pelo segundo lugar de Gabriel Pereira Monteiro e João Pedro Schiavinato que mesmo tendo problema em seu leme, concluiu a prova em 3º lugar geral.

No Surfski Duplo Misto, José Marcos Mendes Filho, o grande campeão brasileiro no individual, disputou essa etapa com a parceira Mariana da Silva Mateus e conquistaram o primeiro lugar no Duplo Misto, seguidos por Marcelo Lins e Angélica Evarista, que já haviam conquistado o campeonato brasileiro nessa categoria.

Após a cerimonia de premiação, foi feita a entrega de troféus aos grandes campeões brasileiros por categorias. Essa etapa foi patrocinada pelo BNDES, ABraCan e CBCa via Lei do Incentivo ao Esporte, com Organização e Supervisão da CBCa.

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