Atletas de Va’a encaram percurso de 80 km na Bahia na segunda edição da VITA


A 2ª Volta a Ilha de Itaparica, desafio de va’a com 80 km de percurso, aguarda 81 remadores de várias partes do Brasil.

Fonte A tarde Esportes

Com largada e chegada no município de Itaparica, a edição de 2017 é promovida pela Prefeitura de Itaparica e pelo Clube de Canoagem da Bahia. A largada para o desafio será às 7h deste sábado, 12, e deverá ser cumprido até o entardecer. Nove equipes estarão competindo, representando o Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Sergipe, além da Bahia.

Segundo explicou o canoísta Hamã Oliveira, responsável pela organização do desafio, enquanto estiverem competindo, os canoístas terão a oportunidade de contemplar a bela paisagem no tour náutico pela ilha. Localidades como Ponta de Areia, Ilha do Medo, Barra Grande e Ilha do Olho Amarelo são algumas das atrações no extenso roteiro da volta completa.

Apesar de as águas da Ilha de Itaparica serem tranquilas praticamente o ano todo, o regulamento prevê retirada da equipe que não cumprir a prova no tempo estabelecido, a fim de evitar disputa sem a luz solar. “Tudo está programado para ninguém remar à noite, porque qualquer incidente à noite, vira acidente”, explicou Hamã Oliveira, durante coletiva de apresentação da prova deste ano à imprensa, empresários e comerciantes, em Itaparica.

Estratégia contra acidentes

Reforçando a estratégia de evitar que ocorra competição noturna, o Clube de Canoagem da Bahia mapeou o percurso e o cumpriu com uma equipe-piloto sem recorrer a atletas reservas. O grupo saiu às 8h e só chegou à Itaparica por volta das 20h. Para evitar esse problema, as equipes terão seis pessoas nas canoas (OC6) e três nos barcos de apoio para fazerem trocas, explicou Oliveira. A estratégia evitará que um único grupo de atletas reme do começo ao fim, o que provocaria lentidão gradativa das canoas, já que o desgaste dos atletas seria maior.

A princípio, cada canoísta remará 20 minutos e descansará 10, mas a troca será feita a critério das equipes. Todo o planejamento se refere ao “plano A”, segundo a expectativa dos organizadores. Em caso de ocorrer tempo ruim – que provoque, por exemplo, ventos de 60 km/h –, a competição será toda disputada na contra-costa, onde o mar é protegido (veja no mapa).

Campeões baianos

No ano passado, a equipe Va’a, representante da Bahia, foi a campeã, terminando os 80 km de percurso em 6h56 e a última equipe em 9h. Aberta a todas as idades, a prova será disputada nas categorias masculina, feminina e mista. As subdivisões destas categorias serão a elite open, elite master 40, elite master 50, clube open, clube master 40 e clube master 50.

Todos eles obedecerão o formato revezamento, com cada parceria sendo formada por um total de nove componentes. Seis remam e três ficam aguardando a vez de trocar de posto com quem cansar primeiro. O revezamento será feito com a canoa em movimento.

Interessada em criar novas modelos de atrações turísticas, a Prefeitura de Itaparica abraçou a prova com o objetivo de fazer dela um meio de divulgação da ilha. A estratégia conta com o apoio dos comerciantes locais. Para a edição de 2018, a prefeitura pretende contar com uma canoa havaiana pilotada por representantes locais. Ao longo do desafio, serão 44 km de remo no mar e 36 km em águas salobras, mangue e rio.

Segundo os organizadores, o evento é considerado o maior do mundo na modalidade, disputado na distância de 80 km e em um único dia.