BATE PAPO com Alessandro Matero, o Amendoim, sobre Molokai2Oahu de Surfski


Organização do evento publicou lista de inscritos na Molokai2Oahu 2015 e comentou: “The surfski field is as strong as ever!” (tradução: O Surfski mais forte do que nunca!)

Não é por menos que a frase da organização tem peso. A lista dos inscritos inclui o atual campeão da prova Hank McGregor e o atual campeão mundial Sean Rice, ambos da África do Sul. Campeões de edições passadas Clint Robinson da Austrália e Oscar Chalupsky, também Brandon Woods do Hawaii, Dawid Mocke da África do Sul, além de nada mais e nada menos que Alessandro Matero, o Amendoim, único representante do Brasil na edição de 2015 da Molokai World Championships, que terá largada no dia 30 de maio.

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Foto de Gilmar Domingos de Oliveira

De malas prontas para o Hawaii, após longo período de treinos intensos focando nessa prova, conversamos com o Amendoim para saber como está sua expectativa, que apesar da vasta experiência em provas internacionais, principalmente na raia de Molokai para Oahu, Amendoin disse que “Por esse ano estar indo para o Hawaii participar da travessia entre as ilhas de Molokai e Oahu de Surfski e também de StandUp, o Surfski é uma modalidade nova para mim, pois comecei a praticar a menos de um ano com frequência.”

Amendoim revela que está bastante ansioso, “já participei dessa prova algumas vezes em outras modalidades, como a Canoa Havaiana e o StandUpPaddle. Agora estou a bordo de um Surfski, que sem dúvidas é a embarcação mais rápida que já remei, será uma nova experiência”, comenta Matero.

Perguntamos sobre como foi a programação de treinos focando nessa prova, que por ter a distância de aproximadamente 50kms, torna-se uma prova de maratona, fatores como resistência e psicológico talvez sejam maiores que técnicas de remada. Amendoim diz que “desde janeiro comecei a focar meus treinos no Surfski, usando como base para minha temporada de StandUpPaddle, que é meu principal esporte. Aproveitei minhas férias no litoral para melhorar meu equilíbrio e aplicar um pouco do meu conhecimento de mar no surfski”.

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Amendoim comenta que foi surpreendido pela performance e desempenho da embarcação. “Basicamente usei os mesmos métodos de periodização de treino que venho usando no StandUp e algumas provas do Circuito Brasileiro de Canoagem Oceânica e o que mais me chamou a atenção no surfski foi o seu desempenho na ondulação oceânica. Ele surfa muito bem e você consegue conectá-las facilmente, atingindo velocidades de até 18 quilômetros por hora”.

Atualmente Amendoim usa um surfski da Epic Kayaks modelo V10L, que foi redesenhado recentemente pela fabricante e já está disponível no Brasil com o representante Guto Campos em www.epickayaks.com.br. O modelo que é para remadores até 75kg tem feito muito sucesso desde seu lançamento, recebendo elogios de remadores de alto nível nos reviews por sua ótima relação velocidade x estabilidade, controle e ergonomia.

Por toda experiência que Amendoim já possui nessa travessia, participando em Canoas Havaianas e de Stand Up Paddle, perguntamos sobre como é mudar para a etapa de Surfski. Amendoim acha que “a mudança de estímulos ajuda muito nosso corpo como um todo, diversificando o movimento e não nos estagnando. Estou usando o Surfski como um esporte paralelo e complementar ao StandUpPaddle. Desta forma tenho ficado bastante tempo na água e consigo não judiar tanto do meu corpo, uma vez que o movimento motor, a remada do standup, exige um pouco mais do corpo do que o surfski”.

Para finalizar, questionamos se as experiências nas provas de Canoa e StandUp farão toda a diferença nessa etapa do Surfski. “Por se tratar de MOLOKAI-OAHU, a história é um pouco mais complicada, pois é uma prova que exige mais conhecimento do canal e das ondulações do que força. Então fazer o percurso mais do que uma vez conta bastante tanto fisicamente como tecnicamente e esta é minha idéia para este ano, aproveitando que as provas acontecem em datas diferentes”.