Canoístas africanos entram para a história com técnico brasileiro


Parceria entre Brasil e África leva canoístas pela primeira vez aos Jogos Olímpicos

Canoístas africanos entram para a história com técnico brasileiro

Canoístas africanos entram para a história com técnico brasileiro

Neste fim de semana a Canoagem Brasileira entrou para história do esporte, mas desta vez por uma conquista africana. Os atletas Mussa Chamaune, Joaquim Lobo e Bully Triste Afonso conquistaram, no Campeonato Africano de Canoagem Velocidade, a vaga tão esperada para representarem seus países nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A busca por esta conquista ganhou maiores chances quando o Brasil abriu as portas para o intercâmbio com as federações de canoagem de Moçambique e de São Tomé e Príncipe. Os atletas que estão no país há mais de um ano, tiveram treinamentos juntamente com a equipe brasileira, no Centro de Treinamento de Canoagem Velocidade, em Curitiba, onde contaram com a experiência do técnico Figueroa Conceição e de toda a infraestrutura que está disponível aos atletas brasileiros.

Para São Tomé e Príncipe esta conquista tem um marco não só para a canoagem, mas para toda a história do esporte, pois está será a primeira vez que o país participará da canoagem nos Jogos Olímpicos por classificação e mérito direto de um atleta. Bully Triste Afonso, conquistou a vaga no C1 1000m ao vencer a prova no evento classificatória continental africano, realizado neste final de semana, em Durban, na África do Sul.

Segundo o presidente da Comitê Olímpico de São Tomé e Príncipe, João Costa Alegre, a parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem e a iniciativa do presidente João Tomasini Schwertner foram fundamentais para esta conquista inédita da canoagem no país.

“Quero agradecer muito ao presidente Tomasini e à Canoagem Brasileira. Essa parceria está sendo fundamental para o desenvolvimento da canoa na África. O período de treinamento no Brasil foi muito importante para atingirmos esse feito histórico. A fato de também colocar a canoa de São Tomé e Príncipe como referência no continente africano surpreendeu a todos”, ressaltou Costa Alegre que também foi só elogios ao treinador brasileiro Figueroa Conceição Souza.

Já para Moçambique os atletas Mussa Chamaune e Joaquim Lobo serão os primeiros canoístas representando o país. Eles disputarão a prova C2 1000m, mesma categoria onde se classificaram na África do Sul. Para o técnico brasileiro Figueroa Conceição a classificação é resultado de um bom trabalho feito entre a comissão técnica e principalmente os atletas que se dedicaram muito durante a estadia no Brasil para buscar este sonho. “Eles são exemplos de dedicação, e junto com uma boa estrutura oferecida, melhoraram muito, agora estão colhendo os frutos”.

Durante os treinos no Centro de Treinamento em Curitiba os atletas abriram mão de estar perto da família para buscar aprimoramento em um país que vem crescendo no esporte a cada ano. “Para nós treinar aqui é muito importante, aprendemos e melhoramos muito a nossa técnica. Foi fundamental está ajuda brasileira para chegarmos às olimpíadas”, falou Mussá.

Os atletas retornam ao Brasil no próximo dia 11, onde ficarão treinando até a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. O Centro de Treinamento de Canoagem de Curitiba conta com o patrocínio do BNDES – patrocinador oficial da Canoagem Brasileira e GE, além dos apoios do Ministério do Esporte, Comitê Olímpico do Brasil e Prefeitura Municipal de Curitiba.