Com chance de medalha, Paracanoagem estreia nas Paralimpíadas Rio 2016


Provas serão realizadas nos dias 14 e 15 de setembro na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Paracanoagem estreia nas Paralimpíadas Rio 2016

Paracanoagem estreia nas Paralimpíadas Rio 2016

Após anos de preparação, os atletas da Paracanoagem Brasileira pretendem entrar com o pé direito nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. As provas da modalidade, estreante na competição, serão realizadas nos dias 14 e 15 de setembro, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (RJ).

Depois da conquista inédita de Isaquias Queiroz, na Canoagem Velocidade, que levou três medalhas para casa, os holofotes estão voltados para a modalidade paralímpica. O Brasil tem um histórico positivo de conquistas em competições internacionais, mas os concorrentes de países como Alemanha, França, Áustria, China e Austrália prometem acirrar a disputa nas provas de 200 metros.

Xiaoewi Yu (CHI) e Jakub Tokarz (POL) são dois exemplos de fortes oponentes na busca por medalha na classe KL1. O piauiense Luis Carlos Cardoso, tetracampeão mundial, contando as vitórias na canoa e no caiaque, está bastante confiante. “Confesso que não estou muito preocupado. Eu tenho que fazer na água tudo o que eu aprendi nos últimos anos. Que vença o melhor, o que estiver mais bem preparado”, argumenta. Na KL2, Igor Tofalini enfrentará o austríaco Markus Swoboda.

Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 reunirão grandes atletas mundiais e o técnico da Seleção Brasileira de Paracanoagem, Thiago Pupo, avalia com cautela as disputas que virão. “Precisamos pensar que estarão reunidos os dez melhores atletas do mundo e isso é respeitável. No entanto, temos as condições da água e o clima a nosso favor, o que nos dá certa vantagem em relação, principalmente, ao europeus”, explica.

O carioca Caio Ribeiro (KL3) pensa além da concorrência. “Meu principal oponente sou eu. Todos temos uma diferença mínima de tempo e se eu vencer a ansiedade e souber lidar com a pressão, com certeza serei capaz de garantir um bom resultado”, comentou.

Na classe KL3 feminino, Mari Santilli acredita que a competição será uma grande surpresa. “São dez barcos e todos são muito fortes. A prova será difícil e precisamos pensar na evolução de cada atleta. Eu acredito na melhora do meu desempenho e, antes de tudo, quero lutar por uma final e, quem sabe, disputar uma medalha”, explicou a curitibana. A jovem Debora Benevides, na KL2, remará ao lado da experiente Jeanette Chippington, da Grã-Bretanha.

Com boas expectativas, o supervisor de Paracanoagem da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Leonardo Maiola, ressalta a importância do Brasil ter representantes na competição. “Nós conquistamos cinco das seis vagas disponíveis nos Jogos Paralímpicos. Esta é a prova de que o Brasil figura entre os melhores do mundo e isso é o resultado de um trabalho sério, além da dedicação constante dos nossos atletas. O grande momento chegou e queremos ir mais além. Vamos torcer e esperar grandes conquistas”, finalizou.