Começa o legado olímpico da pista de Canoagem Slalom em Deodoro


Campeonato Pan-americano e Sul-americano de Canoagem Slalom acontece neste final de semana, no Rio de Janeiro, dois meses após os Jogos Olímpicos

Começa o legado olímpico em Deodoro

Começa o legado olímpico em Deodoro

Depois de uma edição histórica dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, o Complexo Esportivo de Deodoro abre as portas para os atletas internacionais da Canoagem Slalom. No próximo final da semana, de 14 e 16 de outubro, será realizado o Campeonato Pan-americano e Sul-americano de Canoagem Slalom 2016, eventos que acontecem simultaneamente e marcam o início da utilização da instalação esportiva que pretende revolucionar a Canoagem Slalom na América do Sul.

“Não é apenas para o Brasil que o legado olímpico do Rio 2016 irá favorecer a continuidade do desenvolvimento esportivo, e sim todos os países do continente que agora encontram no Brasil um dos canais artificiais de Canoagem Slalom mais modernos do planeta. Nossa intenção daqui em diante também é transformar esse local num grande local de prática e descobrimento de novos talentos no esporte. Tudo isso em parceria com o Ministério do Esporte e a Prefeitura do Rio”, afirmou João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

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No Campeonato Pan-americano e Sul-americano de Canoagem Slalom 2016 estão presentes mais de 50 atletas de sete países diferentes nas disputas das provas de K1, C1 e C2 Masculino e K1 e C1 Feminino nas categorias Júnior e Sênior. “Esse é apenas o primeiro passo para transformamos o Canal Rio num dos principais locais de prática da Canoagem Slalom em todo mundo”, explicou Tomasini.

Brasileiros nas disputas por medalhas

O canoísta Pedro Henrique Gonçalves é uma das esperanças do Brasil na disputa por medalha do K1 Masculino. Em agosto, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, o brasileiro ficou em 6o lugar, resultado histórico para a Canoagem Brasileira. Ano passado nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015 ele obteve a medalha de prata, já na edição de 2014 da Campeonato Pan-americano, no México, ele garantiu um ouro. “Essa competição sempre me deu sorte, o canal no Rio de Janeiro também, então quero ir com tudo para trazer mais uma medalha”, falou Pepe.

Outra estrela da equipe brasileira é a jovem Ana Sátila, uma das favoritas para a disputa do K1 e C1 Feminino. “Estou com o pé no chão e farei o meu máximo para evitar os pequenos erros”, comentou Sátila, promessa dos Jogos Olímpicos, mas que perdeu a vaga para a semifinal no Rio 2016 por passar direto em uma baliza.

O histórico das duas competições é positivo para atletas brasileiros. Nas duas últimas edições dos campeonatos o Brasil conquistou 35 medalhas: dez de ouro nos Campeonatos Pan-americanos de 2013 e 2014 e 25 medalhas nos Jogos Sul-americanos de 2013 e 2014, sendo 17 medalhas de ouro, sete medalhas de prata e uma de bronze. Os países inscritos na competição são: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México, Paraguai e Venezuela.

Formação da nova equipe técnica

Em face da necessidade de adaptação à uma nova realidade financeira, a Confederação Brasileira de Canoagem iniciou uma série de mudanças nesse sentido. Uma das mudanças já para esse ano é a mudança da equipe técnica da Canoagem Slalom do Brasil, que agora busca incentivar a formação de uma nova geração de treinadores nacionais.

Depois do desligamento do técnico italiano Ettore Ivaldi, seu ex-auxiliar o espanhol Guilhermo Diez Canedo assume o comando da equipe brasileira até meados de 2017. Até lá ele contará com o apoio dos treinadores Cássio Ramon Petry e João Vitor Machado, ex-atletas que já representaram o Brasil em competições internacionais em anos anteriores. O chefe de equipe será Antônio Carlos Pinto.

O Campeonato Pan-americano e Sul-americano de Canoagem Slalom 2016 tem realização da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) e Academia Brasileira de Canoagem (ABraCan); patrocínio oficial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, GE do Brasil e Itapu Binacional; apoio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Ministério do Esporte; e coordenação da Confederação Pan-americana de Canoagem (COPAC) e Confederação Sul-americana de Canoagem (CoSurCa).