FIC decide dar mais apoio às provas de C2 Misto na Canoagem Slalom


CBCa já realiza a categoria na Canoagem Slalom desde 2017 e trabalha junto à tendência da equidade de gênero no esporte olímpico.

Em reunião realizada recentemente em Tóquio, no Japão, a Federação Internacional de Canoagem (FIC) decidiu dar mais foco às provas de canoa mista nos eventos de Canoagem Slalom, com a eventual possibilidade da categoria ser introduzida também no Programa Olímpico.

Em votação na reunião do board da entidade chegou-se ao consenso de dar mais suporte à nova categoria, ao mesmo tempo que retira a prova de C2 Masculino do programa dos Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo, e assim o C2 Masculino não fará parte do programa de Tóquio 202.

Desta maneira, com a forte tendência do Comitê Olímpico Internacional na equidade de gênero, a decisão da FIC encaixa-se bem nas diretrizes olímpicas.

“O C2 Misto tem a possibilidade de entrar nos Jogos Olímpicos e o critério-chave é que não há a necessidade de aumento no número de atletas”, argumentou Jose Perurena, presidente da FIC.

O supervisor do Comitê de Canoagem Slalom da FIC, Jean-Michel Prono, disse que tem conduzido avaliações junto às Federações Nacionais para determinar a intenção de provas de C2 nos eventos das entidades.

“Não conseguimos chegar ao número mínimo de federações exigidas para ter um evento C2 Masculino válido. Já os números de C2 Mistos foram maiores, e é o começo do processo. Nosso papel é esclarecer as coisas”, disse.

Este ano serão realizados cinco eventos da Copa do Mundo de Canoagem Slalom, além do Campeonato Mundial Sênior 2018 em setembro, no Rio de Janeiro.

Brasil já realiza provas de C2 Misto em seu calendário anual

Remando junto às decisões e tendências mundiais os eventos brasileiros já possuem provas de C2 Masculino em seu calendário anual desde a 1a. Etapa da Copa Brasil de Canoagem Slalom, realizada em abril de 2017. O último evento com essa categoria foi disputado na semana passada no Rio Open e Copa Brasil de Canoagem Slalom, no Parque Radical de Deodoro, no Rio de Janeiro.

“Já estamos trabalhando na inclusão das provas de C2 Misto em nossas competições e damos apoio à decisão da FIC e do COI na luta pela equidade de gênero no esporte olímpico”, disse João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.