Lesão que tirou Daniel Alves da Copa do Mundo também afeta amadores


O estiramento pode ter tratamento clínico ou cirúrgico, mas a recuperação pode ser longa.

Por Divulgação

Estiramento do ligamento cruzado anterior (LCA), lesão no joelho que afastou o lateral direito da seleção de Tite para a Copa do Mundo e dos gramados, por pelo menos seis meses, também pode atingir qualquer pessoa que pratique esportes por lazer. Durante a atividade física, a entorse pode ocorrer por mudança rápida de direção; parada abrupta; redução de velocidade durante uma corrida; apoiar os pés incorretamente depois de um salto, contato direto ou colisão, como um desarme no futebol.

De acordo com o ortopedista Caio D’Elia, do Instituto Vita, clínica que atende atletas amadores e de alto rendimento, a articulação do joelho é considerada uma das mais complexas do organismo. Ela exige estabilidade suficiente para suportar o peso do corpo e alto grau de flexibilidade e de liberdade de movimento para absorver e transmitir as forças que passam por ela durante as atividades esportivas e do dia a dia. “Trata-se de uma articulação propensa à lesões, pois todas as atividades físicas exigem movimentos de rotação ou deslocamento lateral”, explica.

A procura do médico para diagnóstico e indicação de melhor tratamento deve ser rápida. Compressas de gelo, fisioterapia e ajuda de muletas para redução da descarga de peso nas tarefas diárias são recursos terapêuticos para os traumas mais leves. Os casos mais graves podem necessitar de cirurgia.

Para o ortopedista, as dúvidas que surgiram sobre o melhor tratamento para Daniel Alves são compreensíveis. Dr. D’Elia explica que, no momento da torção, a dor e o inchaço podem impedir que o médico consiga avaliar o grau de estabilidade articular do paciente. No caso do jogador Daniel Alves, em um exame mais apurado para o diagnóstico e o exame de ressonância magnética apontou a existência de fibras íntegras no ligamento. “Provavelmente, após a regressão inicial do quadro inflamatório, dor e inchaço articular, a equipe médica conseguiu avaliar novamente o jogador e, apesar do resultado da ressonância apresentar fibras íntegras no ligamento, foi possível verificar que a lesão deixava o joelho instável, o que sugere, no caso de um jogador de futebol, o tratamento cirúrgico”, finaliza.