MinC apoia projeto para levar indígenas às Olimpíadas


CBCa é um dos apoiadores do projeto que visa levar indígenas às competições esportivas internacionais

O Ministério da Cultura (MinC), em parceria com o Ministério dos Esportes (ME) e com a Fundação Nacional do Índio (Funai), estão iniciando um projeto conjunto com o objetivo de levar indígenas brasileiros a competições esportivas internacionais, entre elas os Jogos Olímpicos de 2024. A ideia inicial é trabalhar com três modalidades: canoagem, tiro com arco e lutas. A iniciativa foi apresentada nesta terça-feira ao ministro da Cultura, Roberto Freire.

Responsável pelo projeto, a antropóloga e museóloga Ione Carvalho, assessora especial do ministro da Cultura, explicou que a ideia é trazer a noção dos povos indígenas sobre canoagem e outros esportes para o esporte olímpico. “O Ministério da Cultura procura tirar os povos indígenas da invisibilidade, fazer com o País conheça, reconheça e mostre ao mundo os indígenas brasileiros”, disse.

Presente à reunião com o ministro, o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner, informou que, inicialmente, a entidade irá doar, com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 15 canoas e caiaques para comunidades indígenas do Alto Xingu. Além disso, será enviado um profissional para capacitação de técnicos indígenas na modalidade.

“O projeto é importante para integrar as duas culturas. Estamos pensando nas Olimpíadas de 2024”, informou. “Queremos dar condições para que os povos indígenas se qualifiquem e promovam o treinamento entre eles”, completou.

O cacique Kanato Yawalapiti, da aldeia Palushayu, no Alto Xingu (MT), comemorou a iniciativa. “Esse projeto é muito importante para nós. Há tempos sonhamos com a oportunidade de colocar nossos atletas para participar de competições internacionais”, afirmou. “Toda vez que acompanhamos as competições, há várias etnias, mas não têm indígenas. É por isso que luto para dar visibilidade aos nossos atletas. No Xingu, já nascemos remando, o que precisamos é aprender a técnica para competir”, ressaltou.

Fonte: Assessoria de Comunicação / Ministério da Cultura