Novo mandato de Carlos Arthur Nuzman no COB


A chapa foi eleita por 24 votos a favor, um contrário, três abstenções e um voto em branco. A eleição definiu também a composição dos Membros Eleitos e do Conselho Fiscal.

Carlos Arthur Nuzman e Paulo Wanderley Teixeira

Carlos Arthur Nuzman e Paulo Wanderley Teixeira

A chapa formada por Carlos Arthur Nuzman e Paulo Wanderley Teixeira foi eleita nesta terça-feira, dia 4, para presidente e vice-presidente, respectivamente, do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o quadriênio 2017-2020. O mandato passa a valer em 1º. de janeiro próximo. A chapa Nuzman / Paulo Wanderley foi a única a apresentar registro para o processo eleitoral. Dos 34 votos possíveis, 29 compareceram à votação. A chapa foi eleita por 24 votos a favor, um contrário, três abstenções e um voto em branco. A eleição definiu também a composição dos Membros Eleitos e do Conselho Fiscal. Para o ciclo olímpico até Tóquio 2020 o COB pretende consolidar o legado esportivo dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a fim de garantir o crescimento sustentado do esporte de alto rendimento no Brasil. Após a eleição, Nuzman anunciou que o novo Diretor Executivo de Esportes do COB será o atleta olímpico de atletismo e campeão pan-americano dos 800m Agberto Guimarães.

“Sinto-me muito honrado pela confiança que recebi da Assembleia do COB para este novo mandato. Queremos transferir para as Confederações o conhecimento acumulado na organização dos Jogos Rio 2016, em benefício dos atletas, e também desenvolver todas as potencialidades criadas para o Rio 2016: profissionais do esporte mais qualificados, novas instalações esportivas e maior aproximação com as Federações Internacionais e Comitê Olímpicos Nacionais. Vamos prosseguir no trabalho contínuo com as Confederações para elevar o nível técnico dos atletas brasileiros de alto rendimento e inspirar a juventude brasileira para os valores do esporte olímpico”, explicou Nuzman.

O vice-presidente eleito, Paulo Wanderley Teixeira, que também é presidente da Confederação Brasileira de Judô, manifestou sua expectativa para o novo cargo. “Fiquei muito feliz com o convite para ser vice-presidente do COB, e colocarei toda a experiência que adquiri, como presidente da Confederação Brasileira de Judô, a serviço de todas as Confederações e do desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil”, afirmou o Paulo Wanderley.

Em cumprimento ao que determina o artigo 11 do Regimento Interno da Assembleia do Comitê Olímpico Brasileiro, o prazo para o registro de chapas para o pleito foi encerrado no dia 30 de abril de 2016. Naquela data, apenas a chapa Carlos Arthur Nuzman / Paulo Wanderley Teixeira apresentou candidatura para a eleição, cumprindo todos os requisitos do processo eleitoral do COB.

Na eleição desta terça-feira tiveram direito a voto os presidentes das 30 Confederações Brasileiras Dirigentes de Esportes Olímpicos, os três membros natos permanentes do COB – André Gustavo Richer, Bernard Rajzman e Carlos Arthur Nuzman, e o presidente da Comissão de Atletas do COB, Emanuel Rego. Devido a uma viagem internacional, Emanuel não pôde comparecer à Assembleia, mas enviou uma carta de apoio à chapa Nuzman / Paulo Wanderley. Por atraso no voo que o trouxe ao Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, Vicente Blumenschein, não pôde votar. As Confederações de Desportos no Gelo, Desportos na Neve e Taekwondo também estiveram ausentes, pois indicaram pessoas que não tinham representatividade legal para votar pelo presidente da entidade. A eleição foi realizada através de voto secreto, em cédula única.

Atleta olímpico do voleibol nos Jogos Olímpicos Tóquio 1964, Carlos Arthur Nuzman assumiu o COB em 1º. de julho de 1995, após uma era de conquistas e glórias do voleibol brasileiro em que presidiu a Confederação Brasileira de Voleibol. No COB, imprimiu um modelo de gestão profissional à entidade, atraiu patrocinadores para os esportes olímpicos, participou diretamente da criação de leis que hoje são fundamentais para o esporte brasileiro, tais como a Lei Agnelo/Piva e a Lei de Incentivos ao Esporte, e conquistou para o Brasil a sede dos maiores eventos multiesportivos do mundo, como os Jogos Pan-americanos (Rio 2007) e os Jogos Olímpicos (Rio 2016). Também presidiu a organização de sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Em termos de conquistas de medalhas olímpicas do esporte brasileiro, desde Atlanta 1996, o Brasil obteve média de 14,6 medalhas conquistadas em seis edições dos Jogos Olímpicos, contra a média de 2,4 medalhas nas 16 edições anteriores que o Brasil disputou.

“O legado dos Jogos Rio 2016 nos deixa uma certeza: as lições aprendidas nos estimulam a construir uma nova etapa no esporte olímpico brasileiro. Há uma enorme confiança no trabalho feito pelas Confederações nos últimos anos e o nosso foco será a integração. Vamos nos reunir com as Confederações, definir os projetos para o próximo ciclo olímpico e trabalhar conjuntamente para a contínua evolução do esporte brasileiro”, afirmou Nuzman.