O que você faria aos 23 anos, atingido por 2 balas perdidas?


Fabrício é um jovem de 25 anos que aos 23 se encontrou num conflito entre policiais e traficantes e acabou sendo atingido por duas balas perdidas.

A diferença desse jovem está na força de vontade, na garra, na busca por seus sonhos. Com muita diversão, Fabrício ensina como o foco pode mudar o rumo de nossas vidas.

Concentração e determinação fazem com que os planos saiam da mente, do papel e pulem não somente para o mar. Focalizar suas energias positivas em situações agradáveis, atitudes que beneficiem tanto a própria vida como quem está ao nosso redor é um conselho que deve ser compartilhado e praticado.

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Fabricio conta em seu depoimento sua paixão pelos esportes e sonhos; continuar seguindo contra a maré e conquistar seu espaço nas modalidades de Paracanoagem, Kayak e Vela adaptada.

Meu nome é Fabricio Amorim da Silva, tenho 25 anos, sou solteiro, moro em Brasília e sou tricampeão de vela adaptada, porém também pratico paracanoagem e estou me dedicando ao Kayak.

No dia 7 de setembro de 2012, eu estava andando pelas ruas da cidade, quando fui surpreendido com um conflito de tiros e acabei sendo atingido por duas balas perdidas.

Isso resultou na lesão T10 incompleta, fiquei paraplégico porém consigo mover os dedos dos pés.

A minha recuperação foi acompanhada pela rede Sara e graças a eles, posso ver a vida de uma forma diferente.

Minha vida era boa antes do acidente, depois se complicou um pouquinho, mas graças as indicações para praticar esportes estou bem melhor e hoje meu plano principal é ir para a seleção brasileira de Paracanoagem e em agosto participar do campeonato brasileiro de Kayak.

O Kayak é um esporte que me faz muito bem e qualquer pessoa pode ter esse mesmo prazer que eu sinto hoje. As aulas são realizadas no clube Naval com a professora Diana, em Brasília. São aulas pagas mensalmente, no meu caso eu pratico três vezes por semana e o valor é de R$155. Todas as aulas são acompanhas por treinadores que tem como objetivo nos incentivar e orientar em cada movimento. É no clube Naval que também pratico a paracanoagem.

Um recado importante tanto para quem pratica esportes adaptados, como para qualquer outra pessoa, que pratica ou não esses esportes, é lembrar que a vida continua, o tempo não para e devemos seguir. Não devemos desistir de nossos sonhos.

Você conhece essa modalidade?

Paracanoagem

Ao lado do paratriatlo, a paracanoagem é umas das novidades no programa oficial do Jogos Paralímpicos do Rio-2016. O primeiro mundial da modalidade foi disputado em 2010, em Poznan, na Polônia, e contou com a participação de atletas de 31 países.

A ICF (Federação Internacional de Canoagem) é a entidade responsável pelo esporte. No Brasil, a modalidade é coordenada pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

Como é disputado

As disputas da paracanoagem são muito semelhantes as da canoagem olímpica. As embarcações recebem adaptações de acordo com a deficiência dos competidores. Os barcos utilizados nas provas são os caiaques, identificados pela letra K, e as canoas havaianas, identificadas pela letra V.

Competem na paracanoagem apenas atletas com deficiências físico-motoras. Todas as provas tem um percurso de 200 metros de extensão em linha reta e podem ser disputadas por homens e mulheres em embarcações individuais ou por ambos em barcos mistos. No Brasil, o grande destaque da modalidade é o paulista Fernando Fernandes, tetracampeão mundial na paracanoagem.

Brasil nos Jogos

A modalidade fará sua estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016.

Por SomosTodosNós.com.br