Depois dos Jogos, Eduardo Paes pretende transformar instalação em área exclusiva para diversão, excluindo treinamento de canoístas, como prevê legado
Obra mais complexa dos Jogos Olímpicos, o circuito de canoagem slalom, em Deodoro, tem como legado pós-Rio 2016 virar uma opção de lazer e também servir de local para treinamento dos atletas de alto rendimento da modalidade. Esta segunda opção, porém, será descartada se depender da vontade do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Para o político, não há quantidade suficientes de canoístas no Rio de Janeiro. Os atletas brasileiros treinam em um circuito em Foz do Iguaçu, no Paraná, que não possui os requerimentos olímpicos.
– Ninguém pratica canoagem slalom no Rio. Sei que vou comprar uma briga com a comunidade esportiva. Vou transformar aquilo em um complexo de lazer. Já tem até lugar aonde vão ser instalados os toboáguas. Esse complexo de lazer vai atender a uma parte populosa do Rio: Ricardo de Albuquerque, Nilópolis e Deodoro – disse Paes.
Em 2015 será aberto o processo de escolha da empresa que vai explorar o Parque Radical – além da canoagem slalom também será construída a pista de BMX do ciclismo e a de mountain bike, que será temporária. Atualmente o lago principal está sendo concretado.
Quatro bombas vão captar 26 mil m³ de água que formarão as correntezas artificiais.
A prefeitura é a responsável pela obra, que está sendo executada pela construtora Queiroz Galvão com recursos do governo federal. O início dos trabalhos atrasou um ano até que a responsabilidade passasse do Estado para o Município. Segundo a Empresa Olímpica Municipal, a obra, que começou em agosto, está dentro do prazo e ficará pronta para o evento-teste marcado para novembro de 2015.
Em novembro, o GloboEsporte.com flagrou crianças brincando no córrego dentro da obra, ao lado de uma bomba d´água. Não havia tapumes separando o cemitério de Ricardo de Albuquerque com a área da obra. Ali ao lado há um lago habitado por jacarés.
Por Leonardo Filipo
Globoesporte.com